domingo, 4 de outubro de 2009

O último clássico do Maraca (até sei lá quando...)

Quis o destino que o último clássico antes do fechamento do Maraca para as obras da Copa 2014 fôsse um Fla-Flu. Não há jogo como o Fla-Flu. É, sem dúvida, o mais bonito do futebol brasileiro. As cores, a história, os jogos memoráveis. Este, tinha tudo pra ser dramático. O Fluzículo precisava muito da vitória para manter suas exíguas esperanças de permanecer na elite. Não foi dramático. O que se viu foi uma aula em preto e vermelho, das bilheterias aos vestiários. Oitenta mil pessoas nas arquibas, recorde de público e renda no campeonato e no ano. Oitenta por cento rubronegros. Os poucos abnegados vestidos em três cores viram seu time ser esmagado pelo Flamengo, e em especial pelo titã da camisa 10, o Colosso da Gávea, o monumental Adriano. Fico muito feliz que ele tenha seus inúmeros problemas particulares que o atormentam e seguram ele aqui por perto. Adriano seria titular em qualquer time do mundo; mas joga no Flamengo. E a diferença que ele faz é absolutamente brutal. Além disso, temos Andrade. Quem diria que nosso acanhado e balbuciante ex-craque virasse este ousado treinador que escala o time num corajoso 4-3-3, bota o time pra frente, e este responde dando espetáculo quando pode, e sendo guerreiro quando precisa (contra o Inter, naquele charco, o time deu um show de brio). Hoje tivemos algumas atuações impecáveis. Além do ciclópico Adriano, tivemos Zé Roberto (momentaneamente aposentarei o codinome Cachaça) inspiradíssimo, David e Angelim intransponíveis (seis jogos de virgindade), Leo Moura lembrando os bons tempos, e o resto fazendo o seu muito bem, obrigado. O G4 está a quatro pontos. Temos agora duas pedreiras sem o nosso maior craque, que estará à disposição da Amarelinha em dois amistosos de menor importância. Só não aprovei o dispensável olé que foi aplicado no comatoso Fluzículo ao final da peleja. Há que se respeitar os moribundos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário