terça-feira, 20 de abril de 2010

LavAVal em defesa do consumidor. No caso, eu.


Compro constantemente produtos pela internet. Jamais tive qualquer problema. Até ontem. A empresa onde trabalho também possui um site de vendas. Temos aqui o maior cuidado para entregar, no prazo, todos os produtos que os clientes efetivamente nos compram. É o mínimo que podemos fazer, certo? Algumas empresas parecem não compactuar com esta noção básica de e-commerce.

Fiz duas compras no Extra.com.br (leia-se Grupo Pão de Açúcar, o maior do varejo no país). Uma no dia 10/04, um microondas, e outra no dia 15/04, um monitor LCD de 19". A primeira compra, não recebi até hoje. Da segunda, recebi um e-mail ontem que a instituição financeira não havia autorizado o pagamento. Não é verdade, paguei as duas em transferência bancária (VISA Eletron), o dinheiro saiu da minha conta no ato.

Liguei ontem para o SAC do Extra reclamando sobre o pagamento da segunda compra. Me pediram que eu enviasse por e-mail o comprovante da transação. Enviei. Não me deram nenhum retorno. Hoje, assim que cheguei no trabalho, liguei pra lá de novo. Ainda não acusavam o recebimento do meu comprovante, e a funcionária para quem o enviei ainda não se encontrava por lá. Já meio irritado, resolvi questionar sobre meu pedido anterior, o do microondas, o porquê de não tê-lo recebido ainda, dez dias depois de tê-lo feito. Pasmem: o Extra não vai entregar o microondas. Disseram que ocorreu um problema de sistema, que houve uma troca de código do produto, e que todos os pedidos anteriores daquele produto tinham sido suspensos. Pelo jeito esqueceram de me avisar, né? Se eu não tivesse ligado reclamando jamais teria sabido que ocorrera um problema. Eu disse ligar, pelo telefone, pois, para piorar, o site deles está em manutenção, e eles não estão conseguindo informar sobre pedidos por lá, neste momento, segundo a solícita e paulistana atendente. Disse ela também que se eu quisesse refazer o pedido, eles me gerariam um vale compras. Mas eu não poderia comprar pelo site, porque lá o preço já estava "um pouco mais caro", ou seja, o produto saíra da promoção. Teria eu que ligar para o televendas e "negociar". Negociar? Virou feira-livre, o Extra, camelódromo? Vou ter que ligar pra lá e barganhar o preço do microondas pelo telefone? Absurdo.

Claro que eu cancelei a compra. Do microondas. A do monitor não posso, eles insistem em dizer que não receberam meu dinheiro. Falaram que vão recolocar o valor da primeira compra na minha conta em até cinco dias úteis. Só quero ver. O fato é que eles estão com R$ 864,10 da minha grana e não querem me entregar nenhuma mercadoria. Não é lindo? Não me lembro de ter acontecido nada parecido no diminuto e comportado e-commerce da empresa onde trabalho.

Estou quase ligando para o Abílio Diniz e exigindo uma retratação formal. E olha que o império dele só se alastra. Pão de Açúcar, Sendas, Extra, Bahia, Ponto Frio; pela internet, nunca mais.

Um comentário:

  1. Passe esse texto para O Globo... eles vão achar rapidamente uma solução.

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