segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Sejam bem-vindos, irmãos do sul!

“Vamos, FLAGRÊMIO! Vamos ser campeão, vamos FLAGRÊMIO! Minha maior paixão, vamos, FLAGRÊMIO! E essa taça vamos conquistar!”.

Toda ajuda nesta hora é mais do que bem-vinda. Quem sou eu para recusar uma força destas?

domingo, 29 de novembro de 2009

Contagem regressiva

Esta vai ser uma loooonga semana...

Dança muito!

Sensacional o desempenho deste papagaio sacudindo geral ao som de Ray Charles. Um dos vídeos mais geniais e divertidos que vi nos últimos tempos.

Eleição justa

Eleição ultracool feita pelo site "Music Radar", da qual participaram cinco mil leitores, escolheram os maiores riffs de guitarra de todos os tempos. Os top 5 foram:

1. "Voodoo child", de Jimi Hendrix
2. "Sweet child o' mine", Slash do Guns N' Roses
3. "Whole lotta love", Jimmy Page, Led Zeppelin.
4. "Smoke on the water", Ritchie Blackmore do Deep Purple
5. "Layla", Eric Clapton

Essa eu assino embaixo, fácil. Talvez trocasse o Slash pelo The Edge do U2, na demolidora versão de Helter Skelter, dos Beatles, que eles fizeram no filme Rattle and Hum; mas tá bonito assim também.

sábado, 28 de novembro de 2009

Quêisso...

Benzadeus. Assim fica difícil não acompanhar aquela baboseira celebutante-adolescente de Gossip Girl. Leighton Meester é realmente um absurdo.

Só falta eles fazerem gol contra

Retirado do site Globoesporte.com:

O amor de Ronaldo pelo Flamengo e a disputa pelo título entre o time carioca e o São Paulo já eram ingredientes suficientes para gerar questionamentos sobre a atuação do Corinthians na partida deste domingo entre as duas equipes. Mas após o treino deste sábado, o volante Jucilei colocou ainda mais lenha na fogueira. O jogador disse ser flamenguista desde criança, assim como outros atletas do clube e que, por ele, a taça de campeão brasileiro de 2009 vai parar na Gávea.
- Não sei se o Jorge Henrique é flamenguista também, mas acho que é. A gente torce desde pequeno, mas está no Corinthians e tem que jogar pelo Corinthians. Na minha opinião, acho que o Flamengo vai ser campeão. Estou torcendo para o Flamengo ganhar o título - assume.

Engrossam a lista de rubro-negros do Corinthians o atacante Souza e o goleiro Felipe. Com exceção do avançado, todos os outros devem ser titulares no jogo deste domingo.

- Eu tenho que jogar. O Corinthians que paga meu salário – resume Jucilei.

Metade do time do Curíntia está torcendo vergonhosa e declaradamente para o Fla ser campeão brasileiro. Com ou sem Adriano, ganhar amanhã é obrigação.

Bons tempos...

De onde ele nunca deveria ter saído.

Duro teste para o teflon

A história começou de mansinho, quase perdida em meio a uma matéria supostamente maior sobre a cinebio do Lula. Um ex-militante e fundador do PT, César Benjamin, talvez indignado, talvez invejoso, nunca saberemos, com a "santificação" do "filho do Brasil" no filme, resolveu relatar um encontro social onde o presidente, em tom de troça, confidenciou aos participantes uma suposta tentativa de estupro que teria como algoz ele próprio, e como vítima um certo "menino do MEP", enquanto esteve 30 dias preso num daqueles chamados "anos de chumbo".

A primeira reação do Planalto foi, como era de se esperar, de indignação e repúdio. E de "tristeza" por parte do presidente, segundo um de seus principais assessores. Lula, talvez muito deprimido, até agora não abriu a boca sobre o assunto, o que, vamos combinar, não faz muito do seu feitio.

Logo veio à cena Paulo de Tarso, um dos caras que estavam na tal reunião. Em nota oficial confirmou sua participação no evento, mas disse que não lembrava da sórdida história relatada. Não negou em nenhum momento que ela não tivesse sido contada. Só alegou uma amnésia total, e a meu ver bem seletiva, sobre o tema.

É aí, como dizem os norteamericanos, que "the plot thickens". Silvio Tendler, outro confesso participante da malfadada reunião, este com uma memória bem mais apurada que a do outro, diz que se lembra sim, perfeitamente do comentário do então candidato a presidente, mas, segundo ele, tudo não passou de uma brincadeira, "como outras 300 que Lula fazia todos os dias".

Até agora, Lula continua calado sobre o assunto.

Vamos aos fatos. Seja verdade ou mentira a historinha contada pelo presidente, isso é de uma imundície sem fim. Que a história foi contada, disso já não temos nenhuma dúvida, a despeito da péssima memória de Paulo de Tarso. São duas pessoas a confirmá-la. A não ser que se trate de um estranho caso de alucinação coletiva, o fato relatado por César Benjamin ACONTECEU.

Sejamos condescendentes com o presidente. Imaginemos que Lula, sempre espirituoso, contou o lamentável episódio à título de piada. Nada daquilo ocorreu de verdade, ele só estava bancando o engraçadinho para entreter seus convidados. Agora digam-me uma coisa: tentar estuprar um "menino" numa cadeia parece engraçado a vocês? Alguém com alguma noção do ridículo, do certo e do errado, inventaria uma história dessas para se gabar ou para soar engraçado? Se este fato, por alguma tragédia do destino, acontecesse com algum de vocês, seja como ofensor ou ofendido, isso seria de alguma maneira motivo de piada? Façam-me o favor. Na melhor das hipóteses, Lula é um sujeito desclassificado, que faz graça com a desgraça alheia. Logo ele, que tanto se arvora a ser o grande defensor dos fracos e oprimidos.

Preciso detalhar a situação no caso da história contada por Lula ser verdadeira, não uma "piada"? Para mim, não seria uma surpresa. Só corroboraria o que sempre achei deste senhor. Um amoral, que se acha acima do bem e do mal, arrogante, prepotente, cujas mínimas regras de civilidade foram-lhe enfiadas goela abaixo por um bando de marqueteiros que o transformaram nesta coisa de ternos Armani e barba bem aparada que vemos se autoexaltando mundo afora.

Só quero ver se o eterno e aparentemente inexpugnável "teflon" do presidente vai resistir a mais essa. Como sempre, boa parte da imprensa e da oposição, se borrando de medo do poder e da popularidade do crápula, são benevolentes com ele, lhe dão todos os benefícios da dúvida, e se calam respeitosamente. Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém, é o lema destas pessoas. Querem um exemplo? Acessem os sites Globo.com e GloboOnline. Procurem lá uma só menção, na primeira página, a este caso escabroso. Não irão encontrar, pelo menos até a hora em que comecei a escrever este texto. Aparentemente eles não acham que isto seja notícia, pelo menos não uma de primeira página.

Esta covardia dá todo o tempo que a corja presidencial precisa para bolar suas mentiras, suas defesas escusas. Parece que ninguém neste país aprendeu nada com a história do "mensalão". E assim, fatalmente, o povaréu ignorante, devidamente subornado pelas bondades do Rei, a partir de janeiro, lotará as salas do cinema para verter lágrimas e votos para "o filho do Brasil". E para seus agraciados, nas próximas eleições.

Que vergonha tenho eu disto tudo.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Tenham medo

Olha o nome do petardo: Tactical Nuclear Penguin. "A cerveja mais forte do mundo", segundo os caras da cervejaria escocesa Brew Dog, responsável pela fabricação desta bebida do mal. Possui singelos 32% de teor alcoólico. Para se ter uma idéia, a Antarctica Original, preferida do bonitão aqui, tem minúsculos 5,07%, e já faz um certo estrago. Papinha de nenê, porém, perto desta coisa aqui. Os pinguins dos escoceses são muito mais fortes que os nossos.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Um remake bom, para variar

Assim até eu vou voltar a ver novela, coisa que não faço há alguns bons anos. Vão fazer um remake de uma das mais hilariantes novelas que já vi na vida, "Ti Ti Ti". As aventuras dos costureiros e arquiinimigos Jacques Leclair e Victor Valentim foram das coisas mais engraçadas já vistas na tevê brasileira. Os impagáveis Reginaldo Faria e Luís Gustavo, respectivos interprétes das personagens acima, estavam geniais, inspiradíssimos, o timing de comédia dos dois era absurdo, muito ajudados pelo texto sensacional de Cassiano Gabus Mendes. Da abertura à trilha sonora, tudo nessa novela era ótimo. A nova versão vai ser na verdade uma fusão de "Ti Ti Ti" com outra novela sobre moda, "Plumas e Paetês", essa piorzinha que a primeira. Esta adaptação está a cargo de Maria Adelaide Amaral, e os mais cotados para viver os dois personagens principais são Fabio Assunção, como Jacques, e Murilo Benício na pele de Victor. Promete.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Caco e Miss Piggy mandando bem

Genial versão dos Muppets para "Bohemian Rhapsody" do Queen:

Absurdo desrespeito

Há 22 horas quarenta mil pessoas, entre moradores e trabalhadores da região do Rio onde o IPTU é mais caro, sofrem com uma falta de energia que a Light - piada de mau gosto este nome, sugiro trocar para Darkness - não consegue explicar decentemente e, pior, não dá a menor previsão de retorno. Se isso por si só já seria gravíssimo, o que dizer então do ilustríssimo presidente da referida empresa, José Luiz Alquéres, que veio a público para declarar, acreditem se quiser, que "o que está repercutindo é quando falta luz em Ipanema e no Leblon". Ou seja, além de incompetente, este senhor é um digníssimo filho da puta, que além de atazanar com a vida das pessoas, e dar um prejuízo monstro a elas, ainda faz escárnio com suas vítimas. Só mesmo dando muita porrada num cara desse. Se o mundo fôsse justo, e o Brasil um lugar sério, esse cara saía da entrevista que deu algemado e no banco de trás de uma patrulinha até a DP mais próxima.

Sem Saia Nenhuma

Deu no blog do Ancelmo Góis:

MESA REDONDA
Peladas na TV
Uma mesa redonda com seis mulheres na TV alemã tem chamado a atenção de desavisados que zapeiam pela televisão. É que as seis debatem... peladas! Ficam sentadas em esteiras como as de praia, escondendo as, digamos, audiências e falam de tudo - de futebol a política.


Não tenho certeza se gostaria que essa moda chegasse ao Brasil. Imaginem as "gatinhas" do Saia Justa tendo aquelas insuportáveis e intermináveis discussões "au naturel". Ninguém merece tal suplício. OK, dou um desconto para a Maitê Proença. Por enquanto.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Desilusão

Cá estou na madruga em frente ao computador. Está claro que vai ser mais uma noite em claro. Não, a culpa não é do Flamengo. Deve haver uns três anos que não consigo dormir de domingo para segunda. Nem de segunda para terça. Jet lag de boêmio, fazer o quê. Mas vim aqui para falar do Mengão. Desperdiçou hoje uma chance de ser campeão? Sim. Tem chance ainda de ser campeão? Tem. Então é isso.

O mais estranho é que não estou puto. Nem triste. Estou resignado. Desiludido. E isso não é ruim. Desiludido é quem não tem mais ilusões. Mas pode perfeitamente ter esperanças. O Flamengo não está ungido para ser campeão. Muitos de nós gostam de acreditar nessa coisa de "Deixou chegar, fudeu". Eu mesmo caio nessa às vezes. Mas isso, infelizmente, não existe. Já vi inúmeras vezes meu Flamengo perder jogos decisivos em casa. Essa foi apenas mais uma.

Esse campeonato é realmente cruel. Os famigerados - pelo menos para mim - pontos corridos, são definidos pela maioria como o sistema mais justo. Justo my ass. Um campeonato que chega na reta final, e coloca frente à frente um postulante ao título, e outro sem nenhuma pretensão, um franco-atirador, para se enfrentarem, não tem nada de justo. É errado. Cada jogo é uma decisão, ouço por aí. É verdade. Mas que jogo na décima rodada do campeonato tem tanta responsabilidade como estes da reta final? Nenhum. Então não me venham com esta balela.

Vamos esclarecer de cara uma coisa. O Goiás jogou muito. E o Fla jogou pouco. Zero a zero foi barato. Bafejado pela sorte, o Fla poderia ter ganho. Mas, pelas chances criadas, mais provável que tivesse perdido. O calor atrapalhou o jogo para os dois times. O nervosismo e a ansiedade atrapalhou o jogo para o Flamengo. Goiás, relaxado, sem a menor responsabilidade a incomodá-lo, dominou as ações, ganhou a imensa maioria dos rebotes, fartou-se de perder gols, e bateu à vontade, com a complacência do juiz. O Fla nem forças para fazer faltas teve. Cansamos de ver o Goiás trocar passes, às vezes por minutos seguidos, sem ser admoestado por qualquer marcador rubronegro. Isso, num jogo de decisão, é mortal.

O Goiás pode encrespar o jogo contra o São Paulo lá no Serra Dourada? Perfeitamente. O Fla pode ganhar do Curíntia em Campinas? Com certeza. Então não é hora ainda de jogar a toalha. Mas vamos parar com essa baboseira de que o Fla é uma entidade superiora quando chega a hora da verdade. Não é. Este campeonato está regido pelo acaso. São Paulo, Flamengo, Inter e Palmeiras podem ser campeões, e não há matemático no planeta que possa antecipar o vencedor simplesmente fazendo contas, por mais complexas que elas venham a ser. O imponderável está aí, e é ele quem vai decidir este título. Tomara que o Flamengo seja o escolhido.

Saudações Rubro Negras, Deixou Chegar Fudeu é o Caralho.

P.S.: Neste momento está passando "Perdoa-me por me Traíres" no Canal Brasil. Nelson Rodrigues é uma belíssima opção para insones e desiludidos com seu time de futebol. Até amanhã.

domingo, 22 de novembro de 2009

Brasil, terra de oportunidades

Una-se a um grupo de vagabundos de caráter duvidoso. Arme-se até os dentes. Cometa alguns assaltos, promova atos terroristas, sequestre algumas pessoas. Agora, a cereja no bolo. Mate gente. Não uma só. Pelo menos três ou quatro. E, prestem muita atenção, esse detalhe é muito importante para o plano dar certo. Diga que todos estes crimes servem a uma causa: derrubar o sistema. Que sistema? Um de direita, claro. Esta receita não funciona se for para derrubar Fidel Castro, por exemplo. Bem, depois disso tudo, dê um jeitinho de picar a mula e vir parar no Brasil. Aqui você será tratado como uma celebridade, principalmente entre os membros da esquerda festiva. Conforme vocês podem ver na foto à esquerda. Mas, se você fizer tudo isso, e teve a sorte de nascer no Brasil, aí, tanto melhor. Você pode virar até presidente da república. Como podem ver na foto à direita.

Visitante indesejado

Esta foto ilustra bem o que o mundo inteiro pensa de Mahmoud Ahmadinejad, exceto Lula e o gênio da diplomacia brasileira Celso Amorim. Eles não veem qualquer problema no ditador iraniano que quer riscar Israel do mapa, que financia grupos terroristas, que nega o holocausto, e que anda brincando às escondidas de fazer bombas atômicas caseiras. Com todas as honras devidas a um chefe de estado, este bandido aporta no Brasil amanhã. Num momento único de grande exaltação do Brasil lá fora, nossa desastrosa política externa não pára de produzir asneiras. Abrigar o bandoleiro Manuel Zelaya na embaixada em Tegucigalpa e agora este mico de receber Ahmadinejad em nosso país não me parecem boas tentativas de melhorar a imagem brasileira perante o mundo. É assim que eles pretendem conseguir aquela vaguinha no Conselho de Segurança da ONU. Haja pré-sal para compensar tamanha incompetência diplomática.

A hora é essa

Caralho, a gente é foda. Simples assim.

sábado, 21 de novembro de 2009

Boas novas

Álcool reduz risco de doença cardíaca em homens, indica estudo
Uma pesquisa realizada em diversos centros de estudo na Espanha indica que o consumo diário de bebida alcoólica reduz em mais de um terço o risco de doenças cardíacas em homens.

Lálarilalalá, lalarilalalá...

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Feliz Dia do Zumbi!

Não sei o que eles fizeram de tão relevante assim para merecer um dia só pra eles além de comer cérebros e protagonizar filmes ruins, mas o importante é que hoje é feriado, e já passou da hora de tomar a primeira. É como diz o samba: "Valeu Zumbi!"

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

La main de Dieu

Meteram a mão feio na Irlanda, literalmente, ontem em Paris. O país inteiro está em estado de fúria, praticamente às vias de declarar guerra contra a França. Ou contra a Fifa. O que é perfeitamente compreensível. Deixar de ir a uma Copa do Mundo por causa de um lance escandaloso como esse é foda mesmo de aturar. Nem toda Guinness do mundo será suficiente para afogar essa mágoa.

P.S.: Sugiro fortemente ao Henry repensar aquelas férias que ele pretendia passar em Dublin.

Boobs leak

Amy Winehouse se interna por problemas de vazamento no silicone
Falei pra ela que esse negócio de pico no peito não ia dar certo. Mas ela não me ouve...

Indiscrição presidencial

Inquirido se Dona Mariza havia gostado do filme "Lula, o filho do Brasil", Lula, safadinho, respondeu:

“Pelo carinho que ela me dedicou à noite, ela gostou, sim”.

Pausa.

É disso mesmo que estou imaginando a que ele se referiu? Too much information, caro presida. Imaginar o senhor fazendo sexo com a Dona Mariza é muito mais do que minha pobre libido pode suportar. Não tenho palavras para lhe agradecer tamanha consideração em partilhar sua intimidade conosco.

Mas, como diria Pollyanna, tudo tem seu lado bom. É reconfortante saber que Lula ainda faz com Mariza, mesmo que episodicamente, o que faz conosco, invariavelmente, dia após dia, nos últimos sete anos.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Vade retro

Forças ocultas, evidentemente do mal, tentam evitar o inevitável, sabotar o destino imutável. Como obsessores, procuram perturbar nossa paz e concentração, e buscam surrupiar, obviamente em vão, o título que há mil anos está escrito que vai parar na Gávea. Ontem foi o babaca do procurador do Pet, que, cinco minutos após a vitória do Mengão no Aflitos, catou o primeiro microfone à mão para declarar ao mundo que o Gringo tinha várias propostas para sair do Fla. Ok, não deram muita bola pra ele. Hoje, num amistoso inútil, insípido e inodoro, alijaram nosso guerreiro Maldonado do restante do campeonato. O que mais estas almas condenadas guardam para os próximos dias? Mas nós somos melhores que eles. Mais poderosos, mais inteligentes e mais gostosos. Resistiremos a este mau agouro e no fim sairemos vencedores. Como diria o Earth, Wind and Fire, "is written in the stone".

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Baile imperial

E não é que o Urubu abateu mais um animalzinho em seu próprio habitat natural? Pobre Timbu, que, fazendo juz ao nome de seu modesto estádio, saiu de campo ontem mais aflito do que nunca com a possibilidade de fazer companhia a seu conterrâneo Sport na Segundona, para desalento da brava e perseguida Fla Recife, que não terá a honra de ver O Mais Querido em sua terra natal ano que vem.

Em campo o que se viu foi a mais absoluta supremacia técnica, tática e moral do Rubronegro sobre o atarantado Náutico, do começo ao fim da partida. Também, o que poderia se esperar de um confronto onde de um lado encontra-se o diminuto Carlinhos Bala, e do outro o imponente Adriano Imperador? Se o esporte em questão não fosse futebol, e sim algum tipo de luta, jamais poderiam dividir um ringue, tamanho o massacre que certamente ocorreria. Mas como no futebol pode, restou aos coitados em branco e vermelho tentarem, inutilmente, parar nossa Força da Natureza, que ontem mostrou mais utilidades que aquela famosa palha de aço. Tudo que é permitido a um jogador de linha fazer o Adriano fez ontem: atacou, defendeu, marcou, deu carrinho, deu bicão na bola na área do Fla, fez gol, lançamentos, passes precisos, ufa! Em resumo, foi o amo e senhor do jogo, é artilheiro isolado do campeonato e pôs o Mengão na vice-liderança, no encalço do São Paulo, que mal deve ter dormido direito ontem, tal a quentura do bafo rubronegro que está em cima do seu afeminado cangote. Os dois gols da partida foram demonstrações inequívocas do futebol solidário, cerebral, e altamente eficiente que o Fla vem jogando. Soma-se a isso a fase iluminada de Pet e Adriano, a ressurreição de Bruno, Leo Moura e Zé Roberto (que ontem perdeu um gol inacreditável, mas ainda assim saiu no lucro), e o auxílio luxuosíssimo dos incansáveis soldados Angelim, Álvaro, Airton e Maldonado, e temos aí uma fórmula de time campeão.

Mais do que o direito, temos agora o dever de sonhar com este título. Domingo que vem, todo rubronegro que se preze, vivo ou morto, tem dois compromissos que nem falecimento na família justifica a ausência. Às 17 horas, uniremos corações e mentes com a família botafoguense, que, mais do que nunca, precisa de nossa ajuda em momento tão difícil. Devidamente aditivado pelo apoio extra de quarenta milhões de rubronegros, tenho certeza que o esquadrão alvinegro vai cumprir seu papel e destino, e vai despachar pro quintos dos infernos o tricolor bambipaulista. Aí, às 19:30h, caberá à nossa tropa solapar implacavelmente o já desinteressado Goiás, para assim assumir o topo da tabela, lugar de onde não sairemos mais até o fim desta longa jornada. Que venha o hexa.

domingo, 15 de novembro de 2009

Niver do Mengão!

Parabéns, Mengão, pelos 114 anos! Pra cima deles hoje, mais do que nunca!

"Vamo Flamengo, vamo ser campeão, vamo Flamengo..."

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Conselho de amigo

Bem, eu já incorri no erro, então pra mim já era. Mas, como todos sabem, este blog tem toda uma função social, e cabe a mim pelo menos tentar evitar que meus amigos e leitores façam merda, ou melhor, mais merda do que as que eles já fazem normalmente.

Dito isto, segue aí um eletrizante post intitulado:

“Dez coisas muito melhores a se fazer com doze reais do que comprar a Playboy da Fernanda Young”

1) Alugar o recém-lançado DVD de “Star Trek” (versão de JJ Abrams ) na locadora, e assistir comendo pipoca de microondas;
2) Fazer uma fezinha na Megasena comprando seis “surpresinhas” na loteria mais próxima;
3) Comprar meia dúzia de fichas e jogar uma sinuquinha mata-mata no bar da Áurea, na subida do Babilônia, ali no Leme;
4) Comer um temaki em qualquer uma das dezenas de Koni Stores espalhadas pela cidade;
5) Neste calorão, tomar um daqueles sorvetes de birita do Mil Frutas;
6) Comprar um CD em promoção nas Lojas Americanas. Catando bem, sempre se acha algo que preste;
7) Pegar um cineminha na quarta-feira. É mais barato, justamente as doze merrecas supracitadas;
8) Ir de metrô ao zôo da Quinta da Boavista. Aposto que vocês, assim como eu, não fazem isso a um milhão de anos;
9) Tomar duas Originais ubergeladas no Palhinha do Humaitá. E ainda sobra pra deixar uma gruja pro garçon.
10) Guardar a grana para comprar a Playboy de dezembro, essa sim, com a Flávia Alessandra na capa.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Daqui a pouco o IBAMA vai reclamar!

A dieta riquíssima em proteína animal que o Urubu vem seguindo de outubro pra cá está ficando cada vez mais exótica. Primeiro, traçou o porco. Em seguida, um cachorro vira-lata. Depois, peixe. No último domingo, papou o galo. A próxima iguaria deste malvado Urubu é o simpático bichinho aí embaixo:

Esse ratinho feioso atende pelo nome de timbu. Só espero que ele não seja muito indigesto.

Questão de ponto de vista

60 milhões de pessoas sem energia elétrica por várias horas.
Centenas de milhares de pessoas sem ter como voltar para suas casas.
Milhões de reais em prejuízo no comércio e na indústria.
Milhares de aparelhos eletro-eletrônicos danificados.
Centenas de pessoas presas em elevadores.
Transtorno total em hospitais, delegacias, terminais de metrô e trem, etc.
Prejuízo inestimável para a imagem do Brasil no exterior.

E nosso inacreditável Ministro da (In)Justiça Tarso Genro disse que tudo não passou de um "microincidente".

Se o Lula fosse um cara minimamente sério, dava um esbregue público sem paralelo neste senhor, e mandava ele de volta correndo para o Rio Grande, de onde ele jamais deveria ter saído, com a viola no saco, e o rabinho entre as pernas. Mas como Lula não é sério, está arriscado até a defender mais essa declaração desastrada e desrespeitosa de um de seus cães-de-guarda prediletos.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Legislando em causa própria

Estas camisas aí em cima estão sendo amplamente divulgadas - e já estão à venda - como as comemorativas do heptacampeonato brasileiro do São Paulo, o quarto consecutivo, o que é um feito realmente impressionante. Diante disso, cabe aqui uma pergunta a jogadores, comissão técnica, dirigentes e torcedores de quatro times, Vitória, Botafogo, Goiás, e Sport: vocês vão deixar isso acontecer?

Houve um tempo em que apontar um campeão antecipadamente, ou mesmo apenas dois ou três favoritos, era uma temeridade, um exercício vão de futurologia. Com o malfadado advento dos pontos corridos, o campeonato virou uma espécie de maratona onde pouquíssimos resistem até o fim, e as grandes brigas ficam mesmo em torno da busca pelo G4 e para fugir do rebaixamento.

O São Paulo, com seu monocórdio e modorrento futebolzinho sem graça e de resultados, sabe como ninguém correr esta maratona. E por isso mesmo ganha títulos atrás de títulos, sempre tomando pouquíssimos gols e vencendo por um a zero. Só que desta vez a distãncia que o separa dos outros é pequena. Um tropeço e podemos todos mandar o time da bambilândia procurar outra turma, junto com sua empáfia, arrogância e seu futebolzinho esdrúxulo.

Salvem o Campeonato Brasileiro do modelo europeu, onde todos os campeonatos são de um time só, no máximo de dois. Vitória, Botafogo, Goiás, e Sport, a bola está com vocês.

Adivinhem se vou ler

Tardia e imperdível biografia da maior banda de rock de todos tempos, em edição de luxo, capa dura, histórias sensacionais e tudo o mais a que nós, fãs desvairados, temos direito. Cem merréis (79 na promoção da Editora Escala) obrigatórios e mais do que bem recompensados.

P.S.: Já recebi meu exemplar da Escala. Vou ler e digo pra vocês depois o que achei .

A coisa ficou preta

Ontem meu grande divertimento na hora do blecaute foi ficar postando bobagens no Twitter direto do meu Blackberry - Santa Tecnologia, Batman! Graças também a meu poderoso aparelinho descobri de cara que a lambança era grossa e geral, e que só nos cabia relaxar e esperar a energia voltar.

Hoje meu grande divertimento pós-blecaute é observar as tentativas desesperadas do PT de tirar seu orifício anal da reta, de descaracterizar este apagão como falha do sistema, e de colocar a culpa em algum incontrolável e trágico fenômeno atmosférico. Em resumo, querem passar mensagem à população que o apagão deles é bem melhor e mais desculpável que o apagão do FHC, lá pelos idos de 2000.

Mas a cereja no bolo mesmo saiu no portal G1(valeu a dica, Mauricinho), que colocou no site uma gravação feita há umas duas semanas atrás de uma entrevista com a Dilma Roussef onde ela garantia textualmente que a possibilidade de um novo apagão no país era zero. Ouçam aqui esta hilariante declaração:
Sensacional.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Sub-zero

Com o calor ducarai que está fazendo aqui no Rio bem que a Ambev podia ter sido boazinha e montado o barato aí abaixo por aqui:

Bar itinerante construído com 14 toneladas de gelo chega a São PauloUm bar itinerante construído com 14 toneladas de gelo abriu as portas na sexta-feira (6) na Vila Madalena, região oeste da cidade de São Paulo, onde permanecerá até 15 de novembro. Criado pela AmBev, o gigantesco iglu - chamado de Estação Antarctica Subzero - possui paredes, copos e sofás de gelo, construídos por dez especialistas em esculturas e sistemas de resfriamento. Para entrar neste ambiente, cuja temperatura gira em torno de -15ºC, os clientes recebem trajes especiais e só podem ficar por lá por, no máximo, 20 minutos.
Não consigo imaginar lugar melhor para passar estes dias de quentura insana. Talvez só mesmo num daqueles Ice Bars da Vodka Absolut. Na Suécia.

domingo, 8 de novembro de 2009

QI de campeão

Galera, como eu amo estar certo. Fla fez sua partida mais cerebral no campeonato, ganhou um jogo importantíssimo, e está na briga geral por G4, campeonato, melhor jogador, artilheiro e qual prêmio mais estejam distribuindo por aí. Quem me conhece sabe que sou um poço de cautela no que se refere a futebol. Mas estou sentindo um leve odor de 92 no ar. Quero aproveitar para parabenizar o Fluzículo pela incrível arrancada que vem fazendo. Mas não esqueçam de mandar flores e bombons para o Carlos Eugênio Simon, que ele merece.

Ô joguinho bão, sô!

Os galináceos mineiros estão em polvorosa com a contenda de logo mais. Não é para menos. Numa fila que já dura 38 anos, com direito a passagem pela Segundona, esta é uma chance única dos caras arrumarem alguma coisa em âmbito nacional. Mas, para desespero deles, terão pela frente seu grande algoz: o Mengão Destruidor de Sonhos, o Exterminador de Falsas Ilusões. A história deste jogo, um temido clássico para eles, uma partida comum para nós, nos é amplamente favorável quando trata-se de decidir alguma coisa. Quando um atleticano mirim faz alguma malcriação, sua mãe o ameaça dizendo que o malvado Zico vem pegá-lo. É o suficiente pro moleque se borrar todo nas calças e resolver ser um bom menino. Por isso BH é uma cidade tão bacana, com tão pouca criminalidade. A metade mais desassistida da população foi doutrinada levando Mengão no lombo.

Com isto não estou querendo dizer que o jogo de hoje será fácil, muito menos que está ganho. A história e a camisa contam, mas não são suficientes. A bola dos dois times, sinceramente, se equivalem. Talvez o Fla se destaque em valores individuais, pelo menos no nome. Mas no geral é pau a pau, tanto que estão tão próximos na tabela. Vai valer aqui é a têmpera. O sangue gelado. Balela que hoje é jogo pra quem tem coração. Na força e na raça, impulsionado pela massa que vai lotar o Mineirão, e que não se cala um minuto, a coisa vai mais pro Galo. O negócio hoje vai ter que ser resolvido no cérebro. Uma defesa sólida e sóbria, sem arroubos e estabanações, e contrataques mortíferos, certeiros, cirúrgicos, para ir matando a galinha aos poucos. Dá pra ganhar essa guerra hoje. Mas vai ter que ser mais general do que soldado.

Bastardos

Finalmente ontem consegui abrir um espaço de quatro horas na minha agenda repleta de compromissos sociais e profissionais e fui ver, com um indesculpável atraso de um mês, o mais recente filme de Quentin Tarantino, "Inglorious Basterds". Antes de falar no filme propriamente dito, quero abordar algumas questões sobre a experiência sociológica marcante que foi esta aparentemente simples e corriqueira ida ao cinema.

Rio, 39 graus, no temerário horário de verão de 02:00 PM, estava eu a caminho do Cinemark, no Botafogo Praia Shopping. Acordei especialmente bem humorado e, por conseguinte, senti-me munido de extrema tolerância e de uma sensação de paz que me permitiria lidar razoavelmente com as indiossincrasias populares. Afinal, Tarantino sempre vale um sacrifício extra. Já sabia que almoçar em meio a uma horda de crianças famintas e maleducadas e seus pais desesperados e não menos maleducados seria inevitável. Não enfrentar uma fila homérica para comprar o ingresso também estava fora de questão. Preparei-me adequadamente para todos estes percalços. Cheguei vinte munutos antes do que poderia porque sabia que a fila do elevador teria aquelas 256 pessoas regulares, e eu teria que subir os longos e tediosos oito andares de escada rolante. Estava correto, as usual. Meio zonzo de tanto subir em círculos, cheguei ao cume do shopping. Fui para a fila da bilheteria. O corredor/curral que o Cinemark faz para tentar mostrar a seus selvagens frequentadores que aquilo deverá ser uma fila única é um labirinto de mais ou menos uns 80 metros. Já tonto pelo caracol de escadas rolantes, tentar seguir aquele ziguezague de fitas e pilares e mais inglório que os bastardos do filme que eu iria assistir. Claro que, como todo mundo, ignorei o curralzinho e passei por debaixo das fitas, o que para mim não foi tão simples como para as oito crianças que passaram à minha frente antes que eu chegasse ao fim da fila. Da próxima vez levo uma tesoura de cortar grama e mando aquelas fitas para o caralho. Ingresso na mão, tentei almoçar. Havia comida: lugares disponíveis, não. Tive que esperar um pouco. Fui para um canto, onde calculei que a possibilidade de ser abalroado por uma criança equilibrando uma bandeja cheia de yakisoba e Guaravita seria pequena. Fui bem sucedido, minha camisa verde-limão saiu de lá incólume. Esperei pouco, uns dez minutos, mas pareceu no mínimo meia-hora. Meu protegido recanto lamentavelmente não era contemplado pelo delicado sistema de condicionamento de ar local. Até vagar uma mesa, suei tanto que quase tive que recorrer a soro caseiro com gosto de lágrima para não desidratar. Três litros se foram, e consegui uma mesa. Fui até a fila do chinês (mais uma), servi-me de arroz colorido e tempura de peixe. O arroz colorido estava uma merda, não sei como conseguiram. Felizmente o tempura estava bom, e me deu a sustança necessária para encarar as três horas de projeção do filme. Dirigi-me então ao cinema, não com o humor intacto, mas ainda calmo. Estranhamente, não havia qualquer fila para entrar. Faltavam apenas quinze minutos para o início da minha sessão. Entreguei meu ingresso à bilheteira. Fui informado que o cinema ainda não estava aberto. OK. Olhei à minha volta, vi uma espécie de lounge com algumas poltronas, e, contrariando todas as espectativas, havia algumas vagas. Tornei a olhar em volta. Achei que era alguma pegadinha, tipo câmera escondida. Desconfiado, fui até o lounge, e me sentei em uma delas, de costas para a entrada do cinema. Resolvi relaxar jogando um pokerzinho no meu blackberry. Em dez minutos perdi uns três mil dinheiros. Virei de costas para ver se já haviam liberado a entrada. Tinha uma fila de umas quarenta pessoas. Não sei de onde elas saíram. Passaram por trás de mim totalmente despercebidas. Ou eu estava muito absorto em meu joguinho ou tratava-se de alguma promoção especial do Cinemark para ninjas cinéfilos. Fui correndo para a fila, antes que ela triplicasse de tamanho com soldados GI Joe descendo em cordas pelo teto, ou com mortos-vivos surgindo pelo piso do shopping. Já na sala, devidamente aboletado no assento G8, vivi aqueles momentos de tensão que antecedem o início da projeção. Com esta história de lugares marcados (odeio isso), a gente nunca sabe se vai conseguir sentar sem ninguém ao lado. Mesmo comprando a entrada um pentelhésimo de segundo antes do ínicio do filme, sempre corremos o risco de aparecer algum desinfeliz carente que quer passar as próximas duas horas roçando o braço no escurinho com um completo desconhecido. Comecei a sentir calor, mas atribuí a esta sensação pré-projeção. Tocava uma seleção musical chatíssima, uma homenagem a Noel Rosa, nada adequada a fãs de Tarantino, acostumados às geniais trilhas sonoras do diretor. Com atraso de uns três minutos, as luzes se apagaram. Ninguém sentou ao meu lado. Sorri interiormente. Deu-se início então a uma interminável sequência de trailers. Nunca vi tantos trailers antes da exibição de um filme. Durou uma eternidade. Lembrou-me a época em que os curtas metragens eram obrigatórios e nos impingiam cada lixo que custávamos a acreditar que alguém são pudesse perder tempo fazendo um coisa daquelas. E, detalhe, o calor aumentava. Comecei a perceber que o ar não estava tão condicionado como deveria. E isso não era bom, muito em função de que estávamos numa sala fechada, no último andar de um edifício em frente à praia e que fazia quarenta graus Celsius lá fora. Previ que as próximas três horas seriam longas. Meu humor começou a piorar. De repente, a bomba. Surge na tela, imponente, o trailer de "Lula, o filho do Brasil". Passar o trailer desta "produção" antes de um filme de Tarantino é a mesma coisa que programarem um trailer do próximo lançamento pornô das "Brasileirinhas" antes de um filme sobre a vida da Madre Tereza de Calcutá. É de extremo mau gosto, e muito ofensivo aos espectadores. Sentindo-me o Little Alex em Laranja Mecânica quando, em seu tratamento, foi obrigado a ver cenas atrozes com grampos que impediam que ele fechasse seus olhos, fui submetido a uma inimaginável sessão de tortura que me permitiu perceber a lavagem cerebral que esta peça de propaganda fará nas pobres mentes que a ela serão expostas, não coincidentemente, em janeiro do ano que vem, bem no início da campanha para as eleições presidenciais. Amigos, tenha medo deste filme. Entre a vontade de sair correndo, a ânsia de vômito, e a insuportável sensação de vergonha alheia de ver mãe e filha Pires pagarem o inacreditável mico de participarem de tal palhaçada, fui acometido de uma epifania. Agora entendo Dilma e seus pares, em seus arroubos guerrilheiros da década de 60 e 70. Também eu, naquele momento, cogitei pegar em armas. Tive medo que aquela experiência ultrajante estragasse meu filme, meu sábado, meu fim de semana, meu fim de ano, meu 2010, meus próximos quatro anos. Mas como a propaganda molusca mesmo diz, sou brasileiro, não desisto nunca. Vou me irritar muito ainda com este maldito filme, não vou ficar me torturando desde já. Decidi abstrair. Fui ajudado pelo melhor teaser de filme que vi nos últimos tempos. Um hilário filmete com mãe e filha no cinema, assistindo ao badalado "Lua Nova", e a mãe, excitadíssima, tecendo loas ao abdomen sarado de um dos lobisomens do filme. Genial. Aí, finalmente, botaram Tarantino pra tocar.

O filme? É um Tarantino, na veia. Um ótimo Tarantino. Não é um Pulp Fiction. Mas é muito melhor que Jackie Brown, e no mesmo nível de Kill Bill. Está tudo ali. Os diálogos afiados, a trilha sonora marcante, as cenas antológicas, os personagens bizarros, as situações inusitadas, as sequências ultraviolentas. Tarantino, definitivamente, é meu cineasta predileto. Essa mistura de cultura pop com os gêneros clássicos do cinema é a minha cara. Por isso, sou suspeitíssimo para comentar o trabalho deste cara. Mas faço mesmo asssim. Se não fôsse o calor insuportável que estava fazendo, as três horas de projeção passariam deliciosamente. A sucessão de cenas, conexas mas quase independentes, fluem fácil, e o que poderia ficar prolixo na mão de outro, aqui só diverte. Brad Pitt é o melhor ator bonito da história do cinema. Marlon Brando é o caralho. Esse cara faz comédia, ação, drama, romance, muda de cara e de forma e é sempre impecável. Seu Lt. Alan Raine é engraçadíssimo; o cinema vem abaixo na cena em que ele, com seu forte sotaque caipira americano, se mete a falar italiano. Mas um cara, para mim um completo desconhecido, pega o filme, põe debaixo do braço, e diz este é meu. O camarada da foto lá em cima, o ator austríaco Christoph Waltz, está monstruoso na pele do Coronel da SS Hans Landa, da primeira a última cena. Se ele não ganhar o Oscar de Melhor Coadjuvante (coadjuvante que ele não é, já que aparece mais do que qualquer outro no filme, talvez não em tempo, mas certamente em atuação) rasgo a minha carteirinha da Academia. Ele consegue ser genial em quatro idomas: alemão, francês, inglês e italiano. Seu personagem é um dos melhores já construídos na fábrica Tarantino. Inteligente, charmoso, sarcástico, maquiavélico, implacável. É um vilão, dos bons, mas é impossível ter raiva dele. É o tipo de cara que você não teria como amigo, muito menos quer como inimigo, mas o poria tranquilamente na folha de pagamento. A francesa Mélanie Laurent, gatíssima, tambem manda muito com sua Shosanna Dreyfus, judia refugiada que tem sua família assassinada na primeira (e sensacional) cena do filme.
Bem, depois deste longo post onde escrevi o nome de Tarantino nove vezes (dez com essa, possivelmente um recorde, talvez nem a mãe nem o empresário dele tenham realizado tamanha babação de ovo), vou me despedindo, para alívio dos poucos que me acompanharam até aqui. Nos vemos na próxima.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Chegou o finde!

Vou tirar este fim de semana para fazer uma série de exercícios:

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A assessoria de imprensa de Joel Santana informa:

Maldade absolutamente hilariante que recebi há pouco via e-mail:

Comunicado de Joel Santana à imprensa sulafricana sobre sua demissão da seleção Bafana-Bafana:

"COMUNIQUEITE
Just because the time of South Africa perdate for Islândia, the coach Joel Santana levate um foot in the bunda and was demitided. Joel said to imprensa that isso was sacaneation. That the culpa was not of him, because the time was very bad, with a lot of perebations and it was very difficult to treinate that band of heads of bagres that only pensate in vuvuzela and vudu macumbation.

Joel said that he dont know what time he will treinate now, but he will not go to Fluminense to salvate it of the second divisation because he now make his explications in english and the time of the tricolation dont will understand his instructions from the right, from the left and from behind! But now he wants good luck to Parreira, a great friend he was esquentating the chair in the mode to be the coach of Bafana-Bafana in the next Coup. The business now is take the ball to the frent with the bensations of the Father of the Sky."
Meus parabéns a quem bolou este texto sensacional . Já li umas três vezes seguidas e não consigo parar de rir...

Amigo do homem

A indicação de José Antonio Dias Toffoli para o Supremo Tribunal Federal já não havia sido muito pacífica. Muitos reclamaram dizendo que ele ainda não apresenta currículo nem competência suficiente para ocupar cargo tão importante. Mas nosso Molusco-mor bancou o elemento apesar de todas as críticas: afinal, o companheiro tem uma história no PT e já foi advogado pessoal dele.

Pois então: mal entrou no STF, e Toffoli já está dando munição a seus detratores. A Caixa Econômica Federal resolveu fazer um agrado ao amigo do presida e simplesmente bancou uma festinha de boas-vindas que custou a bagatela de 40 mil reais aos cofres públicos, ou seja, do meu, do seu, do nosso rico dinheirinho. E olha que a gente nem foi convidado pro convescote.

Resultado da gracinha? O constrangimento geral dos magistrados e um desgaste desnecessário da mais alta instância do Poder Judiciário. É, Lula, começou bem teu amiguinho.

Sabe tudo!

Deusa não é deusa só porque é deslumbrante, e nem apenas porque canta pra caralho. É também por sua postura e por suas abalizadas declarações. Diante do debate sobre liberar ou não o download de músicas, vejam o que minha musa Joss Stone disparou pra cima da tolinha da Lily Allen:

Reproduzido do site EGO:

Geralmente Lily Allen é quem dispara críticas e polêmicas - mas, desta vez, ela foi alvo da língua afiada da cantora Joss Stone. "Ela não sabe cantar. Não acho que isso seja uma ofensa, já que ela deve saber disso também", disse.

Segundo Joss, Lily Allen é contra o download de músicas pela internet por não ser uma boa cantora. "É claro que ela tem de vender discos. Ela não consegue cantar ao vivo. Ela é mais uma personalidade que uma cantora. Bons cantores fazem dinheiro com seus shows ao vivo. Acho que isso seja mais difícil para ela e para outros artistas pop. Ela acaba vendendo discos porque é uma celebridade".
Joss Stone contou que é a favor do compartilhamento de músicas pela internet. "Ninguém vai ganhar esta guerra. Nem ela! É melhor aceitar isso e vamos tentar fazer a música melhor. Ninguém disse que músicos tem de ser milionários! Só precisamos de grana para fazer música, comer e sair em turnê".


Eu amo essa mulher. Aliás, ainda não comprei meu ingresso para o show dela. Preciso fazê-lo o mais rápido possível.

Jabá prum amigo

Aí, Robinho, não vai dar para eu ir, estou no trampo, mas está aqui divulgado conforme prometido. Boa sorte, bom gig, mais tarde nos vemos no boteco. Abraço.

Será que vão vender?

Ah, estes designers alucinados e suas invenções malucas... Estas duas viagens aí embaixo podem nem virar um sucesso comercial, mas que são interessantes, são:

A da esquerda é a Pocket Light (Luz de Bolso), e foi bolada por um designer de New York chamado Harc Lee. Trata-se de uma espécie de lampião hitech da espessura e do tamanho de um cartão de crédito. Foi feito para ser levado na carteira e é alimentado por uma bateria.

A da direita é ainda mais louca: tratam-se de cílios postiços delineados por LEDs! Esta frenética maquiagem só poderia ter sido inventada no Japão, parece mesmo coisa daqueles animês futuristas. O culpado pelo troço é um tal de Soomi Park, cujo site anda bombando desde que ele anunciou por lá sua revolucionária criação.

Nenhuma das duas geniais invenções tem ainda seu lançamento comercial garantido. Mas tenho pra mim que logo, logo, elas estarão na banca de camelô mais próxima de sua casa.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Bucktweets

A terça-feira foi animada por aí. Vou aproveitar para escrever logo sobre ela porque o que eu tenho de trabalho a fazer na minha mesa daria pra empregar metade do estado de Sergipe.

Comecemos por um cara que até bem pouco tempo era visto no planeta como a Segunda Vinda do Homem. Mas, aparentemente, a lua de mel com ele lá na America acabou. Os democratas de Obama tomaram um pau desclassificante nas eleições de ontem nos estados da Virginia e New Jersey e, já esperado, também na cidade de New York. Ano que vem tem eleições para o Congresso e acho bom Barack ir botando suas barbinhas de molho. Esse seu jeitão socialista moreno parece não estar agradando muito ao americanão médio. A continuar assim não se reelege nem pra síndico do prédio onde mora.

O Senado brasileiro já deu claros sinais de que caga e anda para as pessoas que os elegem, ou seja, nós, o Povo. Vide as risíveis e corporativistas decisões de seu "Conselho de Ética", que eu acho deveria chamar-se "Conselho de É Titica". Bem, nós, o Povo, temos pouco a fazer quanto a isso, a não ser deixar de votar nestes corruptos para votar em corruptos diferentes nas próximas eleições. Só que a empáfia e a arrogância deles, desta vez, foi um pouco longe demais. Eles simplesmente resolveram não acatar uma determinação do Supremo Tribunal Federal. Qualquer ascensorista mal alimentado na infância sabe que uma ordem do Supremo não se discute, no máximo lamenta-se, e cumpre-se, imediatamente. Mas nossos bravos senadores parecem não se interessar pelo que está escrito na Constituição, ou não crêem que a singela cláusula pétrea que determina a relação entre os Poderes da República, e que garante o exercício pleno da democracia, se aplica a eles. O Supremo mandou cassar ontem um dos membros da quadr... ops, digo, um de seus pares, e o Senado simplesmente deu de ombros, e ainda respondeu malcriado: agora não, vou pensar, quem sabe daqui a uma semana. Em qualquer país sério isso virava uma crise institucional sem precedentes, sobrando algema e cadeia pra no mínimo meia-dúzia. Mas aqui, protegidos pelas malfadadas imunidades parlamentares, os caras se arvoram a cometer estas sandices. Só quero ver se desta vez o STF vai botar o pau na mesa e mostrar quem manda nesse galinheiro ou se vai contemporizar de novo.

Morreu ontem um gigante da antropologia mundial, Claude Lévi-Strauss. O cara defendia fervorosamente que não há qualquer tipo ou relação de superioridade entre povos e civilizações, apenas diferenças que as distinguem. Quem sou eu para debater com um gênio deste calibre, mas não concordo inteiramente com esta afirmação. Talvez o mestre questionasse um pouco suas convicções se tivesse incluído entre seus objetos de estudo a poderosa e magnética Nação Rubro Negra. Nossa superioridade numérica, moral e espiritual sobre o restante da humanidade é inquestionável.

E mais uma montadora se despede da F1. Adeus Toyota. A última que sair apaga a luz.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Enfim G4!

Valeu, Arcoíris, pela força! O Mengão agradece!

Red'n'black nation

Versão exportação do hino mais querido. Muito legal!