sábado, 10 de abril de 2010

Lula, o führer

Lula, em mais uma demonstração cabal de seu apreço à democracia e respeito às instituições e poderes constituídos, soltou, em menos de 24 horas, duas pérolas, que, se este fôsse um país sério, ele ia ter que explicar-se e, no mínimo, retratar-se diante de um tribunal.

A primeira foi quando ele não gostou que o TCU votasse um relatório que mostrava que o ex-ministro Geddel Vieira Lima, do Ministério da Integração Nacional, inexplicavelmente, sem apresentar qualquer critério técnico, destinou 65% das verbas de prevenção de desastres para a Bahia, e apenas 1% para o Rio de Janeiro. Acontece que, numa destas incríveis coincidências que só ocorrem no (des)governo Lula, o ministro Geddel é baiano, e acaba de se desincompatibilizar do cargo justamente para se candidatar ao governo da Bahia. O TCU e toda a torcida do Flamengo acharam no mínimo estranho toda esta concentração de verba para um estado que nem histórico de enchentes ou outras tragédias naturais possui. Lula não acha estranho. Pelo contrário, acha tudo muito natural. E desandou a falar que "acha pobre pessoas fazerem joguinho político na hora da tragédia" e classificou de "leviandade" o referido relatório, cuja votação, é bom que se diga, já estava marcada muito antes que esta tragédia das chuvas desta semana acometesse o Rio de Janeiro. Lula já andou às turras com o Tribunal de Contas da União antes. Ele odeia ser policiado, tolhido ou investigado de alguma forma. Ele acredita sinceramente que ele pode fazer tudo o quiser com o meu, com o seu, com o nosso pobre dinheirinho sem ser admoestado por ninguém. Afinal, ele é Lula, o Filho do Brasil, o Ungido.

E como ele não gosta de ser controlado nem que lhe digam o que ele pode ou não fazer ele também tem uma birra danada do Poder Judiciário. Quem é ele para ditar regras do seu comportamento? Claramente Lula faltou a esta aula na escola que tratava da divisão e autonomia de Poderes. Bem, não foi só a essa aula que ele não compareceu (se é que ele compareceu a alguma), mas é dessa que estamos especificamente tratando agora. Por ele, não haveria Legislativo ou Judiciário. O Executivo se bastaria totalmente, no caso dele, claro, ocupar o topo da cadeia alimentar. Então ele disse, com a maior cara-de-pau: "Não podemos ficar subordinados ao que um juiz diz que podemos ou não fazer". Não é espantoso? Podemos sim, senhor Luis Inácio. Isto chama-se Justiça. E ela, queira o senhor ou não, goste disso ou não, também se aplica ao senhor. Ou deveria se aplicar, se este país não fôsse tomado por corruptos aproveitadores e bajuladores.

Lula não está nada satisfeito em ser apenas presidente. Ele gostaria mais de um emprego como o do bigodudo que divide com ele as fotos acima. Combina mais com sua personalidade.

Um comentário:

  1. Verdade absoluta ! E tem outra que meu Xrará deixou passar ... Eu completo : O infeliz se acha acima de tudo e de todos, mas que é ele pra atacar um DESEMBARGADOR, QUE ESTUDOU MUITO, TRABALHOU MUITO, SE DESENVOLVEU, EVOLUIU, FEZ CONCURSO E TEVE QUE ESTUDAR, FEZ PROVA DE OAB, DEFENDEU TESES, FEZ MAIS CNCURSOS, ESTUDOU E PASSOU, enquanto o Presimente ... adivinha, tomava uma na esquina ... Ora faça-me o favor de ter respeito com quem estudou muito para chegar onde chegou ... Isso é o exemplo clássico da Bossalitudum Incorporates Tuttis !

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