OK, eu nem fui muito criativo logo na estréia desta seção. O Arthur Dapieve já fazia isso no site No Mínimo há anos. Mas deixou de fazer. E acho que ninguém está fazendo desde então. E se ninguém está fazendo, faço eu.
Pois então. A partir de hoje, todo mês, ou pelo menos enquanto eu tiver saco, vamos analisar todas as revistas masculinas do mercado - ok, não todas, só as mais bacanas, Playboy, Sexy, Vip, e Maxim - e indicar aquela de melhor custo benefício para meu querido leitor aplicar sabiamente seu rico dinheirinho.
Comecemos pela decana do grupo. A bíblia sagrada de Hefner, o sonho de dez entre dez vagabundas gostosas do planeta: a Playboy.
A Playboy deste mês traz três coelhinhas na capa. Nem vou me dar ao trabalho de escrever os nomes delas. São completas desconhecidas. Bonitinhas, é claro, mas nada que não se encontre aos montes na praia do Pepê ou almoçando sábado no Gula Gula. Digam-me uma coisa. Qual o propósito de comprar uma Playboy se ela não ostenta uma famosa na capa? É para isso que serve a Playboy, for Christ's sake!
Como está óbvio que não escolherei a Playboy como a melhor do mês, deveria passar para outra, certo? Certo, se eu tivesse coisa melhor para fazer, o que eu não tenho. Não por enquanto. Ainda estou me recuperando da orgia de ontem. Desculpem, digressiono. A Playboy. Sim. Falemos da entrevista. O motivo pelo qual você diz à sua mulher porquê compra a Playboy. Pois tenho uma péssima notícia para você. A entrevista sucks! Sabe aquele babaca do Larry Rohter, o ex-correspondente do New York Times aqui na terrinha, que chamou o Lula de bêbado (com alguma razão) e as brasileiras de gordas? É ele o entrevistado. Quem se importa com o que essa mala tem a dizer? Playboy, acorda pra vida! Tanta gente interessante por aí! Chega de Playboy, já estou puto com as doze pratas jogadas fora.
Vamos à VIP. Boa, a VIP deste mês. O ensaio com a Natália Guimarães, a belíssima miss mineira de péssimo gosto para homens - se você não sabe, ela namora um cara do KLB - é bem recatado, mas bacana. A matéria com as melhores cenas lésbicas do cinema e da tevê é culturalmente indispensável. Mas o ponto alto da revista está na página 41. Corra na banca, e peça ao jornaleiro para dar uma olhada na página 41. Vai lá. Eu espero.
Demais, não? Vale ou não as dez pratas? Ah, você ainda não viu. Está bem, eu conto pra você. É a foto do mês, quiçá do semestre. A Carolina Dieckmann - eu sei, ela é um entojo, mas é uber gata - vestidinha com uma camisa de malha branca, com um jeans entreaberto deixando vislumbrar parte da calcinha de algodão com bolinhas, está, simplesmente, matadora. É puro fetiche, na veia. Fortíssima candidata à revista do mês.
E a Sexy? Sempre podemos contar com a Sexy para nos apresentar umas gostosas de maneira muuuiiito desinibida. Para a Sexy não há lugar do corpo feminino que não possa ser mostrado. Mesmo os mais recônditos. Há que se respeitar uma linha editorial como essa. Neste mês, a gostosa em questão chama-se Dany, digníssima esposa do bravo goleiro Diego Cavalieri, ex-Palmeiras, atualmente esquentando o banquinho do Liverpool. Parabéns para ele. Pode não agarrar grande coisa no campo, mas em casa ele pega bem à beça. Que mulheraço, compadre! Linda, gostosíssima, e, tenho quase certeza, cheirosa. Mulher para vários talheres, ou mais apropriadamente falando, para um time inteiro de futebol.
O resto da revista infelizmente não acompanha a excelência da garota da capa. Tem uma matéria totalmente fruta ensinando como "harmonizar" - cara, esse termo é muito gay - charutos, que eu adoro, com drinques borbulhantes! Argh!!! Gay, gay, gay!!! Nada contra gays, mas uma matéria dessas ficaria muito melhor "harmonizada" se publicada na G Magazine! Sexy, o target da revista de vocês são machos, tarados, heterossexuais, masturbadores compulsivos!! Não decepcionem seus leitores, por favor! Nós não harmonizamos nada, vamos combinar? Da próxima vez que quiserem abordar charutos e birita em um mesmo artigo, limitem-se à bebidas com testosterona, uísque, conhaque, vodka, cachaça. Sorry, Sexy, não deu pra vocês este mês.
Last, but not least, a caloura do grupo: a Maxim. Em sua terceira edição em terras brasilis, tascou na capa a magrelinha mais sexy de que se tem notícia: a estonteante Deborah Secco, mais uma mulher de jogador de futebol. O que estes caras têm que eu não tenho, além de talento, fama, muito grana, e um corpo sarado? O mundo é muito injusto, realmente. Mas voltando à Debbie: palmas entusiasmadas para esta criança. As fotos estão sensacionais, ela está arrasando, e a gente lê a entrevista dela como se estivesse ouvindo ela falar, com aquela voz rouca de enlouquecer frei franciscano. Menção honrosa para a foto em cores onde ela está ajoelhada, com as mãos por detrás da cabeça, como se estivesse se rendendo à alguém (não à mim, infelizmente), vestindo uma calcinha preta e um casaquinho branco curto, de-sa-bo-to-a-do, deixando à mostra parte dos seus generosos seios devidamente adquiridos nas melhores casas do ramo. Imperdível. A matéria de sete páginas sobre James Bond, seguida do ensaio com a nova Bondgirl, Olga Kurylenko, é obrigatória para qualquer cinéfilo que se preze. E ainda rola uma entrevista supercool, com um dos caras mais legais do rock & roll: o ex-Nirvana, atual Foo Fighters, Dave Grohl. Rocker da melhor qualidade, tradicionalista, daqueles que a última vez em que foi visto sóbrio foi na primeira comunhão. Primeira comunhão dele, não sua, só esclarecendo.
Rufem os tambores! A vencedora do mês é:
A Maxim!!!
Seja bemvinda ao Brasil, Maxim. E já chegou dando trabalho às concorrentes, hein? Vida longa à vocês por aqui.
Meninos e meninas, até o próximo "Se você só tem grana para um...".
bjundas a todos
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