quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O começo da escalada

Hoje é estréia na Libertadores. Dia de colocar em prática a mística da camisa, a força do manto. E para invocar as energias cósmicas que impulsionam nossa sagrada armadura, nada melhor que a prece apaixonada do mestre Nelson Rodrigues (e dizem que era tricolor, imaginem se fosse Mengão):

"Para qualquer um, a camisa vale tanto quanto uma gravata. Não para o Flamengo. Para o Flamengo a camisa é tudo. Já tem acontecido várias vezes o seguinte: quando o time não dá nada, a camisa é içada, desfraldada, por invisíveis mãos. Adversários, juízes, bandeirinhas, tremem, então, intimidados, acovardados, batidos. Há de chegar talvez o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnicos, nem de nada. Bastará a camisa, aberta no arco. E diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável."

Só o cume interessa. O mundo há de ser nosso novamente.

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