terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Resoluções Buck para a festa de Momo

O carnaval está chegando. Para muitas pessoas, isto é momento de grande expectativa, e prenúncio de muita alegria, diversão e festa. Bem, não para mim. Definitivamente não sou um cara muito carnavalesco. E quando resolvo agir contra minha própria minha essência e tento carnavalar, a coisa termina não dando muito certo, como podem perceber, se tiverem saco para tal, neste link. Mas este ano não vai ser igual aquele que passou, como bem diria uma destas insuportáveis letras de marchinhas. Um homem tem todo direito de errar. Uma vez. Duas é estupidez. Como sou um cara que aprendo com meus deslizes, preparei uma lista de coisas que devo evitar para não cair nas mesmas armadilhas de anos anteriores.

1) Não estarei na pista para negócio

Esta ficou fácil para mim, já que não estou exatamente solteiro, pelo menos na definição mais completa da palavra. Esta resolução, mesmo que compulsória, já ajuda e muito a evitar várias das outras roubadas que listarei em seguida.

2) Passarei o carnaval predominantemente indoor

Minha tez alva e cútis ultrasensível não toleram muita exposição ao sol. Se você pensa que está quente agora, espere daqui uma semana. No carnaval o sol parece entrar em conluio com o fogo sexual que emana das pessoas. Essa conjunção malévola transforma qualquer inocente praça numa poderosa caldeira da Companhia Siderúrgica Nacional. Brinquei com isso ano passado e ganhei uma queimadura em um dos braços cuja mancha me acompanha até hoje.

3) Evitarei agremiações de toda e qualquer espécie

Clubes, casas de shows e eventos, grandes restaurantes, nada resiste ao apelo comercial do carnaval. Em todos estes lugares vão acontecer bailes, ou alguma coisa muito parecida com bailes, mesmo que não se assumam como tal. Mas estes não são os maiores perigos. Os grandes inimigos são conhecidos por aqui como blocos de rua. Eles representam tudo aquilo em que não acredito como sendo vida civilizada. Pessoas hormonalmente descontroladas, música ruim em decibéis estratosféricos, excesso de álcool e de substâncias legalmente contestadas, uma total ausência de conforto físico, climático e sanitário, isso tudo junto deveria ser proibido em cláusula pétrea pela Comissão de Direitos Humanos da ONU. Já preparei um grande mapa da cidade aonde cruzei locais e horários onde essas ameaças à sociedade se propõem a atacar. Afastarei-me delas como o diabo da cruz.

4) Não assistirei a telejornais

Telejornais brasileiros nesta época são inteiramente monotemáticos. Morreu o presidente? O que importa, se ontem saiu o Galo da Madrugada? Uma nave espacial estacionou em cima da Casa Branca? Isso pode esperar, a Nenê da Vila Matilde está entrando na avenida. Fumaça branca no Vaticano, um novo Papa foi escolhido! Depois que o trio da Ivete Sangalo passar digo a vocês quem é. Folia e desfiles, é tudo que importa para eles nestes cinco tenebrosos dias. Esta regra na verdade se estende a qualquer programa da tevê aberta.

E, por último, mas não menos importante:

5) Não serei dominado pelo som do vizinho

Neste carnaval estou determinado a enfrentar o Mal. Levei aparelhagem e conteúdo a meu bunker capaz de fazer um show do Metallica corar de vergonha. Ai daquele que tentar poluir meus treinados e bem tratados ouvidos com sambões, axés, pagodes, frevos e escrotidões afins. Combaterei ferro com o fogo sagrado do rock & roll.

Um comentário:

  1. E aquela viagenzinha para algum paraíso interiorano ... ??? Com aquela cervejinha absolutamente "caliente", sem AC e mosquitos exóticos ... hehehehe É o Carnaval !!!!

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