terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Perdido por Lost

Daqui a pouco estréia no Brasil a última temporada de Lost. Me preparei para isso com toda pompa e circunstância. Afinal, não é todo dia que nos despedimos de uma coisa que acompanhamos com tanto interesse durante cinco longos anos. Sei que ainda vai rolar até fim de maio, mas é o início do fim, um marco, enfim. Resolvi montar o cardápio perfeito para acompanhar o programa. Para beber, nada que afete muito minha concentração, Lost exige a máxima atenção senão você bóia bonito na história. Optei por um vinho, a despeito do calor insano que vem fazendo no Rio. Nada que cinquenta minutos no congelador não resolva. Na hora de comprar, pensei, qual uva combina melhor com Lost? Não faço a menor idéia. Liguei para alguns amigos metidos a enólogos, ninguém soube me responder. Não sei pra quê essa gente faz tanto curso e lê tanto sobre vinho. Quando a gente mais precisa delas com um questionamento tão básico como este elas nos deixam na mão. Tal qual John Locke e Jack Sheppard na temporada passada, resolvi seguir meus instintos e comprei um pinot noir. Espero ter acertado. Para comer, já que harmonizar comida com vinho é coisa de boiola, pensei em alguma coisa que combinasse com a culinária da ilha. Camarões foi uma escolha óbvia. Providenciei um bom tanto e já estão devidamente preparados ao alho e óleo. Agora faltam apenas quarenta minutos. Não atenderei a telefonemas, não responderei e-mails, não twitarei, não irei ao banheiro nem nos intervalos, e faço votos que nada de mal aconteça a ninguém que se ache importante na minha vida nas próximas duas horas, porque não poderei prestar nenhum tipo de ajuda. Não contem comigo até as 23h.

Nenhum comentário:

Postar um comentário