domingo, 18 de outubro de 2009

24 hour party people

Há umas três semanas recebi um e-mail marketing da Livraria Cultura de São Paulo me oferecendo o DVD "A festa nunca termina". Impressionante como esses caras sabem do que a gente gosta. Talvez o fato de ter comprado com eles um ou dois livros mais revoltados e alguns DVDs de rock tenham dado esta dica a eles. Mas, enfim, funcionou, e eu disparei meu cartão de crédito para adquirir esta pérola. Já tinha ouvido falar muito deste filme. Já tinha até visto um pedaço numa destas tevês a cabo da vida. Não me lembro de ter entrado em cartaz no Brasil, mas com certeza participou do Festival do Rio, lá por 2001, 2002. É sobre rock'n'roll. É sobre punk music. E se passa no final dos 70 início dos 80. E a história é real. Mais atraente para mim, só se fôsse pornô. Melhor dizendo, sendo tudo isso, e também pornô. Ah, e tem mais. É do Michael Winterbotton, diretor taradinho-roqueiro de "9 Songs". Garantia certa de boa música e meninas peladinhas.

Devido a minha atribulada vida de varejista e blogueiro, só consegui assisti-lo hoje. Puta filme. Conta a história dos primórdios do punk, pela ótica de um de seus maiores patrocinadores, o jornalista Tony Wilson, que foi dono da histórica gravadora Factory e do night club Hacienda, grande precursor da cultura rave. O homem foi um visionário. Descobriu o Joy Division e o Happy Mondays. O filme começa no lendário show do Sex Pistols em Manchester, onde compareceram 43 pessoas, metade delas futuras mega-estrelas do rock. Filmado em estilo mezzo documentário mezzo interpretação, os 116' se desenvolvem deliciosamente, relatando passagens que entraram para a história da música. Outro charme da fita são os cameos de famosos da época, tipo o próprio Tony Wilson, Howard Devoto dos Buzzcocks, e vários outros.
Para os fãs do gênero, imperdível. Quem não gosta de rock, e muito menos de punk rock, fodam-se. Vão ver "2 Filhos de Francisco" e não me encham o saco.

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