domingo, 12 de abril de 2009

Hoje é dia de Fla-Flu

Depois da maltrapilha disputa de ontem entre os bandos desprovidos de cor, onde o menos malcheiroso deles tentou mostrar que momentaneamente merece figurar na primeira divisão do futebol nacional, mesmo que em participação eminentemente coadjuvante, teremos hoje uma partida de futebol de verdade. Ainda que um dos times tenha ganho vários títulos de maneira suspeita e quando o outro ainda não existia, estarão em campo os dois maiores vencedores do campeonato carioca. De um lado, um clube abonado, de uma elite privilegiada e de orientação sexual alternativa, patrocinado por uma empresa que se aproveita das falhas do sistema de saúde pública para enricar seus agregados; do outro, a nação rubropreta, o clube da massa, alquebrado e falido, e por isso mesmo acuado, sem nada mais a perder, o que o torna altamente perigoso e letal. Nós, do lado do bem, não podemos nos enganar. O florido time das Laranjeiras possui três jogadores que desequilibram, e que poderiam tranquilamente serem regenerados caso atravessassem o Rebouças e assinassem a carteira na Gávea. Falo de Conca, Tiago Neves, e claro, de Fred, a meu ver maior contratação do futebol brasileiro dos últimos anos. Não falo isso para nos diminuir, e sim para nos estimular. Eles têm um time melhor, cujo salário está em dia, são mais bem alimentados, tomam seus remédios nos horários estabelecidos e têm seus traseiros de acesso público liberado tratados a KY e pompom com protex. Nós temos um time de macho sustentado a cerveja e mariola, cujo último contracheque com equivalência bancária data de antes do reveillon. Estamos fadados a sair do nosso templo maior com a viola no saco e o rabo entre as pernas? Não necessariamente. É justamente nessas horas que o Mais Querido mostra ao mundo porque é diferente, e não da maneira lortodolorida que caracteriza nossos adversários de logo mais. Hoje, das quatro às seis, seremos onze no campo, cinquenta mil na arquibancada e trinta e cinco milhões grudados na tevê, a mandar as tricoletes afogarem suas mágoas e o ganso do parceiro na boate gay mais próxima. Aquele pessoal do canil que costuma ter incontinência nos canais lacrimais já está se pelando de pavor apenas em antever a hipótese de nos encarar mais uma vez numa decisão. Rios de dinheiro serão despejados ao longo da semana em lenços de papel, antidepressivos e em consultórios de psicanalistas se o Mengão seguir o curso natural da história e passar à final da Taça Rio. Vamos lá, Mengão, pra cima deles. Que se faça a luz.

2 comentários:

  1. Desta forma ... clareou !!!!
    A noite não teve hora pra dormir,
    O dia nasceu feliz,
    E o dia de trabalho estará mais produtivo,
    Com um largo sorriso estampado nas faces,
    Assim se faz um dia seguinte para a nação rubro negra ...
    Tudo está em Paz !

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