terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Em falta

Fatores extra-campo andam afetando minha presença aqui neste blog. Mas algumas providências já foram tomadas, e pretendo retomar a regularidade em breve. Vamos então colocar alguns assuntos em dia, já que desde sexta não apareço por aqui.

As semi-finais da Taça GB: Muito previsíveis, protocolares até, eu diria. Os pequenos que tentaram se assanhar - Olaria, Boavista e Madureira - foram devidamente depenados nas duas últimas rodadas e alijados da festa principal. Fla e Vasco a meu ver são os favoritos para fazer a final, mas serão dois jogos bem equilibrados. Mas existe aí um problema. No ano passado, na semi do sábado de carnaval, o Fla foi surpreendentemente eliminado pelo minúsculo Resende. Agora a situação é mais preocupante. O adversário é o Foguinho, um pouco menos minúsculo que o Resende. E o jogo é na quarta-feira de cinzas, ou seja, depois da folia. Como estará o Império do Amor após os tentadores e orgiásticos festejos de Momo? Temo por esta partida precisamente por esta questão. A conferir.

Lula x FHC: Alguém ainda aguenta esses dois batendo boca e comparando qual pau de quem é maior, quem fez mais do que quem? Nenhum dos dois é candidato, caralho, deixem os palanques para o Serra e a Dilma. Essa fogueira de vaidades vinda do FHC até pode se entender, já que muito pouca gente aqui no país reconhece seus méritos neste bom momento que vive o Brasil perante a comunidade internacional. Vindo do Lula, só entendo como profundo complexo de inferioridade. O cara é o cara, segundo Obama. Tem trocentos por cento de aprovação popular. É um verdadeiro darling da imprensa internacional e de alguns dos principais líderes do planeta. Mas continua nessa briga mesquinha com o FHC só porque o cara sabe ler e escrever e ele não. Quer saber, fodam-se os dois.

Filmes: Assisti a três muito bons nestes dias, não posso me furtar a falar sobre eles.

"O Fim da Escuridão", com Mel Gibson voltando a protagonizar um filme depois de oito anos (o último foi Sinais, do Shyamalan), é muito foda. A história, baseada num seriado de muito sucesso da tevê inglesa na década de 80, parece ter sido escrita para Mel Gibson. O personagem principal Thomas Craven é obstinado, implacável, mezzo maluco mezzo suicida, muito parecido com outros personagens clássicos feitos pelo ator, tipo Mad Max, o Riggs de Máquina Mortífera ou o Porter de O Troco. Aquele olhar mentalmente desequilibrado e o humor ferino (aqui reservado a menos momentos) estão lá, firmes e fortes, e garantem a chancela Gibson de qualidade. A direção de Martin Campbell é ótima, o filme é tenso e eletrizante nas doses exatas. Ray Winstone, numa partipação pequena mas importante, dá seu show à parte. 20 pratas muito bem gastas.

"Amor sem Escalas" já está mais do que badalado, é indicado a um monte de Oscars, e acho até que deve papar no mínimo um, o de Roteiro Adaptado. É um filmaço que, não fosse a avalanche Avatar, poderia muito bem fazer uma graça maior nas premiações. Me identifiquei muito com a personalidade do personagem principal interpretado brilhantemente por George Clooney (se ele beliscar o Oscar não será nenhuma surpresa), talvez por isso o filme tenha me deixado um pouco melancólico. Gostaria muito que Jason Reitman, o rapaz (ele tem 33 anos) que dirigiu esta pérola, e que já nos deu os excepcionais Juno e Obrigado Por Fumar, fosse o premiado pela academia; mas James Cameron vai passar por cima dele (e dos outros concorrentes) como um rolo compressor. Fica pra próxima, Ivan.

No DVD, vi ontem a melhor, a mais charmosa, mais divertida, e mais inteligente comédia romântica desde, sei lá, muito tempo. "(500) dias sem ela" é apaixonante, muito por conta da presença luminosa, quase sobrenatural, dessa perfeição que é a Zooey Deschanel. Descrevê-la é algo que não vou nem tentar, por achar que estarei sendo injusto. Um cara tentou fazer isso hoje no "Blog do Bonequinho" do Globo OnLine e se saiu relativamente bem, vale a olhada: http://oglobo.globo.com/blogs/cinema/#264593. Voltando ao filme, é um pequeno diamante que foi lapidado com muito carinho por elenco e direção. Emociona e diverte sem jamais sequer resvalar na armadilha do pastelão ou do drama fácil. Impossível não se solidarizar com a paixão incondicional e as agruras vividas pelo Tom Hanson do ótimo Joseph Gordon-Levitt (o impagável Tommy Solomon de "3rd Rock from the Sun"). Não é para menos, esse amor ensandecido. Afinal, é a Zooey Deschanel.

Um comentário:

  1. André, por falar em cinema, não sei se tu já conhece esse blog... acho legal... quando tiver um tempo, dá uma olhada... é um cara (Maurício) que assisti TODOS os filmes que vão para o cinema e faz uma crítica durante a apresentação dos créditos dos filmes... é legal e interesante. Ele sabe muito de cinema. É um video de cerca de 3 minutos ao final de cada filme... cada crítica, um post: http://cabinecelular.com.br/

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