segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A volta do futebol (finalmente!)

Ainda um pouco mexido com tristes acontecimentos ocorridos quinta e sexta passadas, e após um programado fim-de-semana off-line, retorno retomando um assunto que é muito caro a este blogueiro, e que já vinha fazendo uma falta quase insuportável: o futebol, e mais em especial, o Mengão.

O primeiro fim-de-semana futebolístico da temporada é sempre meio esquisito. É muita bola sendo maltratada pra muita vontade de ver a bola sendo bem tratada. Os atletas estão longe da melhor forma, os times ainda desentrosados, a maioria dos reforços ainda estão ausentes, fica difícil achar algum jogo que realmente preste. A torcida, ao contrário, está em cima dos cascos: encontra-se ávida, sedenta, praticamente em cólicas, desesperada por ver a bola rolar. Talvez por isso nós, tarados por futebol, consigamos encontrar genuína emoção neste emaranhado de peladas que pululam Brasilzão varonil afora.

Só vi dois jogos, sendo um meio que pela metade, neste finde. Fla x Caxias, claro, e Fluzículo x Americano. O Flu saiu-se bem melhor, passou uma descompostura no Mecanão de Campos sem dó nem piedade por três a zero, e só não deu de mais por que teve humildade em gol, como diria Jorge Benjor. Certamente poupou-se para o próximo embate contra o Bangu. Surge para mim como um fortíssimo candidato à esta Taça Guanabara: a base e o treinador foram mantidos, o time está bem montado, os reforços foram bons e já entraram jogando (destaque para este Julio César, lateral esquerdo que veio do Goiás, que é muito bola), e o time vem embalado pela campanha mágica que salvou o clube do rebaixamento no Brasileirão, dado como certo por onze entre dez analistas do ramo.

Já o Mengão cumpriu uma rotina que só surpreende a neófitos ou incautos desacostumados com os procedimentos e história rubronegras. Passamos um sufoco danado para vencer, de virada, na base da vontade, e com gol de estreante de segundo escalão, o bom time do Duque de Caxias. Quero lembrar aos desmemoriados que este mesmo Caxias cumpriu campeonato exemplar na Segundona do Brasileirão no semestre passado, terminando num honroso oitavo lugar. Estava longe, portanto, de ser uma galinha morta. E o Fla estava mais desfalcado que supermercado no Haiti. Logo, este 3 a 2, com um a menos em campo, pode ser considerado um ótimo augúrio para a temporada que se inicia. O jogo mesmo foi uma pelada safada, como era de se esperar. A presença de Leo Medeiros e Erick Flores em campo tornava impossível que qualquer coisa de alguma qualidade pudesse surgir. O primeiro tempo foi horroroso, e o Caxias só não saiu ganhando de mais, honestamente, sei lá porque. Na segunda etapa, Andrade, o melhor do Fla ontem, mexeu no time quase que cirurgicamente, diria eu com alguns toques de magia negra (e rubra). O time acordou para a vida e virou a partida em sete minutos. Jogava tão fácil que achei que ia ser de quatro ou cinco no mínimo. Foi quando Álvaro, para evitar gol certo deste tal Marcelo (provavelmente seria o septuagésimo oitavo gol dele contra a gente, o Fla deveria contratá-lo de forma vitalícia para que ele não pudesse mais jogar até passar desta para pior), passou o rodo no algoz e foi merecidamente enviado mais cedo para o chuveiro. A partir daí foi sufoco em cima de sufoco, gol de empate, e quando achávamos que a revirada era certa, o Fla acha um gol de cabeça, bonito por sinal, do estreante Fernando, cuja maior referência no currículo é ser irmão do amalucado mas talentoso meia Carlos Alberto, ex-Flu atual Asco da Gama. Daí pra frente foi só sofrer mais uns treze minutos e correr pro abraço. Mais Flamengo impossível. Quarta tem Adriano (se a bolha assassina deixar, e se nenhum parente ou amigo da Vila Cruzeiro fizer aniversário, bodas ou batizar alguém) e Vagner Love (se a burocracia deixar). E a volta de Angelim. Se cuida, Voltaço.

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