terça-feira, 24 de março de 2009

Mundo um pouco mais chato

Acordei hoje um pouco mais cedo que o habitual para descobrir se poderia me dirigir ao trabalho pelo caminho regular sem correr risco iminente de tomar um tiro ou de ter o taxi invadido por perigosos traficantes em fuga. Segundo o RJ TV, era prudente evitar Túnel Velho e adjacências, apesar de, naquele momento, a região estar tranquila, na medida do possível. Destemido, resolvi me arriscar: decidi que era melhor passar correndo pela linha de tiro do que encarar o trânsito da Mena Barreto do início ao fim. Enquanto colocava minha pintura de guerra e meu colete à prova de balas, assistia ao Bom Dia Brasil: guerra no morro, crise, acidentes, roubos, assassinatos. Um típico dia de outono, por assim dizer. Dentre todos estes fatos corriqueiros, uma notícia me deixou melancólico, e está ocorrendo bem longe daqui:

Pubs ingleses inovam para sobreviver à crise
Em média, 39 pubs fecham a cada semana no país. As vendas de cerveja caíram para níveis semelhantes aos dos anos 30, durante a Grande Depressão.

Isso é muito triste. Quando as pessoas deixam de beber por causa de crise, é porque o bicho realmente está pegando. Épocas de crise deveriam levar as pessoas a beber mais e mais, para esquecer, e não o contrário.

E o que mais me preocupa é: estão abrindo o quê, no lugar dos pubs? A seguir exemplo do Brasil, podem estar abrindo igrejas (aaaaaaaaaaaaarrrrrrgh!!) evangélicas. Aqui, não podem ver um cinema ou teatro em dificuldades que logo aparece uma igreja para tomar seu lugar. Outra praga é farmácia. Existem quarteirões onde não se encontra uma banca de jornal. Nenhum banco ou padaria. Mas sempre tem, no mínimo, três farmácias.

Pessoas obviamente parecem preferir conforto espiritual e remédios a cerveja e baixa gastronomia. É por isso que cada vez menos eu gosto de gente. Ô raça de mau gosto.

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