segunda-feira, 30 de março de 2009

Sobras do finde

Após mais um longo fim-de-semana no suicida estilo de vida “viva intensamente como se não houvesse amanhã”, só agora estou tendo energia e clareza de sentidos para postar neste blog. Então, vou comentar notícia requentada aqui. Dêem um desconto para uma alma perdida na esbórnia e na cachaça.

- O Menguinho não fez os cinco de diferença que eu queria. Fez quatro, mas podia ter feito oito, se não perdesse tantas oportunidades. No fim das contas deu pra ficar alegrinho. Será que agora o Cuca vai finalmente se convencer que contra adversários mais “humildes” a gente não precisa jogar com cento e cinqüenta cabeças de área? Um só já é muito – e se é pra escalar, que seja o Willians mesmo, o moleque manda bem. Josiel continua atacado. Pena que deve ir embora no meio do ano. Tudo que é bom dura pouco. Amanhã tem Americano, em Campos. Pedreira certa. Já deixamos muito ponto por lá. Mas amanhã não dá pra dar mole. Tem que ganhar pra não precisar do jogo contra a tricolada;

- Seleção Brasileira de Futebol. Lembram dela? Jogou ontem. Bem, jogar não é exatamente o termo que define aquilo. Ela se defendeu como pôde da fúria incontrolável dos pigmeus equatorianos. Parecia um treino de ataque contra defesa, onde nossa defesa, no caso, foi amplamente reprovada, à exceção do nosso goleiraço. Não fosse a atuação exuberante do ex-rubropreto Julio César teríamos saído de Quito com uma surra no lombo que não ia deixar o Dunga sentar durante uns seis meses. Só no primeiro tempo, quando o massacre foi mais escandaloso, os caras já tinham chutado mais de vinte bolas a gol. O time foi pro intervalo com aquela cara atordoada de “alguém anotou a placa do caminhão?” Por sorte, competência do JC, e total falta de pontaria dos atacantes adversários, saímos com o placar zerado. Mas o Dunga estava feliz. Estava adorando tanto aquele oxo que colocou o Josué, só para garantir a continuidade da retranca acovardada até o fim. Sua segunda mexida foi também com a entrada de um volante de origem; mas este, como é metido a atacante, trouxe algum rasgo de futebol ao bando. Na primeira bola que o Julio Batista chutou achou um gol – o Equador não tem o Julio César. Ainda metemos uma bola na trave. Quando a gente achou que agora a coisa ia, o massacre recomeçou: já estava vendo a hora do próprio Dunga resolver entrar em campo para ajudar os caneleiros canarinhos a dar os bicões necessários pra onde o nariz estivesse virado. JC operou mais um ou dois milagres, mas terminamos tomando o justíssimo e inevitável empate. Voltamos pra casa com, nas circunstâncias, um lucrativo resultado; mas amargando uma ridícula quarta posição nas Eliminatórias. E tem gente que acha, como o Ricardo Teixeira e meu bom amigo Chef, que o Dunga está fazendo um trabalho maravilhoso. Eu, obviamente, discordo: meus standards são um pouco mais elevados;

- A sambadinha está de volta aos pódios. Dá-lhe Rubinho! Apesar da pixotada na largada – diz ele que foi culpa do carro – teve sorte e competência ao longo da prova para abiscoitar um segundão que há muito não via. Ia ser legal ver o Rubinho disputar para ganhar um campeonato já no ocaso da carreira. Muita gente ia ter que calar a boca e aplaudir. Nunca fui dos detratores contumazes do Rubinho. Ele já deu alguns moles, é certo. Mas o cara simplesmente passou inúmeras temporadas dividindo equipe e atenção com o maior de todos os tempos. Ganhou vários GPs, foi vice-campeão do mundo. Para conseguir ganhar campeonato naquelas circunstâncias, teria que ser gênio. E gênio ele não é. Mas é um grande piloto, o segundo maior pontuador da história da F1, só perdendo mesmo para o Schumi. Tem muito mais valor do que a maioria das pessoas dá a ele.

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