terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Futebolices

Pequenas declarações no mundo da bola despertaram a minha atenção nesta segunda-feira:

Jorge Henrique, jogador cai-cai sub-sósia do Romário que foi inúmeras vezes vice-campeão aqui no Rio, cansou de mendigar migalhas em General Severiano e arrumou quem desse a ele um empreguinho em São Paulo. Deslumbrado com o trânsito insuportável e com a poluição sufocante, o anão de jardim soltou a seguinte pérola: "A rivalidade aqui é bem maior que no Rio". Pobre rapaz. Perdoai-vos, ele não sabe o que fala. Tentarei esclarecer alguns fatos da vida a este infeliz ignorante. Jorginho, filhote, você aqui foi jogador do BOTAFOGO. É apenas um degrau acima de se jogar na Cabofriense ou no Resende. Numa empresa, seria como ser promovido de estagiário a auxiliar de escritório. A pressão é minúscula, a ambição curtíssima. Quando o Botafogo perde, nada acontece. O futebol no Rio gravita em torno de um time que você sabe muito bem qual é, cujo nome não repetirei para que lembranças ruins não lhe retornem, e você fique deprimido e choroso como é bem característico de jogadores e torcedores de times desprovidos de cor na camisa. Ali, fica a gerência, a diretoria. Neste particular time de futebol de verdade, também conhecido como Nação, mata-se e morre-se por um gol, por uma vitória, por um título - desculpe, deixa eu explicar, título é quando um time chega ao fim do campeonato e torna-se campeão, talvez um dia você passe por esta gratificante experiência. Pressão, paixão, ódio, e, claro, rivalidade, ali se encontra mais que banana na feira. Mas como você poderia saber, certo? Aprenda um pouco aí no Curíntia, onde o caldeirão ferve quase que como por aqui.

Outro que perdeu ótima oportunidade de ficar calado foi nosso alcaide Eduardo Paes. Talvez estafado com o excesso de choques de ordens que vem aplicando em nossa cidade, num momento de privação de sentidos e embotamento total de sua visão político-eleitoreira resolveu desancar o Flamengo, dizendo que jamais investiria no clube porque sabe muito bem como ele é administrado.

Dudu, meu garoto. Você tem até uma certa razão ao criticar a maneira como o Fla é administrado. Só não precisava ter declarado isso aos quatro ventos para quem quisesse ouvir. Não sou seu marqueteiro, por isso o alerta a seguir não lhe custará nada. Lembre que você foi eleito (não com meu voto) por pouco mais de 50% da população desta cidade. Se você lesse meu blog (ver este post) descobriria que mais ou menos o mesmo tanto de gente (ou seja, metade da cidade) torce apaixonadamente pelo Mengão. Não é muito esperto falar mal deste time e negar publicamente apoio a ele, certo? Cesar Maia era maluco, usava casaco no verão, mas tinha juízo. Ele sempre dizia que, na pessoa física, era botafoguense doente; na jurídica, na qualidade de prefeito, um rubro-negro de carteirinha.

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