sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Pernas curtas

Logo que aconteceu o rumoroso caso da advogada brasileira "agredida" na Suíça, minha primeira reação, foi, claro, de indignação. E, de imediato, quis expressá-la neste blog. Mas não o fiz. Não sei exatamente o porquê, mas alguma coisa não me pareceu certa.

O que se viu depois foi um legista com cara de ex-oficial da SS afirmar que a moça não estava grávida de gêmeos, como afirmara, e que na verdade não fora agredida por nenhum neonazista, e sim se autoflagelara. O Brasil - governo e povo - se mobilizou ruidosamente em solidariedade à moça. Eu continuei quieto no meu canto.

Agora parece que a advogada confessou a "mentirinha" que quase provocou um incidente internacional. A Suiça a proibiu de sair de lá, e quer responsabilizá-la judicialmente pela "travessura". Ela põe a culpa no lúpus que a acomete, e que, segundo ela, a faz ter delírios - os médicos discordam, não acham que lúpus cause este tipo de reação. Antes solidários, os brasileiros agora estão indignados com a moça, por achar que ela prejudica ainda mais nossa já combalida imagem no exterior. Aí eu cansei de não me pronunciar.

QUE LAMBANÇA!

Como uma única e anônima jovem de 26 anos consegue causar tanto escarcéu entre dois países? Tranquem esta louca num hospício, correndo, e bem longe de objetos cortantes.

Bem, finalmente consegui postar sobre o assunto. Mas, não sei porque, continuo com aquela sensação esquisita de que algo ainda está fora do lugar. Acho que ainda vai passar água embaixo desta ponte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário