segunda-feira, 27 de julho de 2009

Em busca da fé perdida

Estava madurinho pra comentar a épica jornada rubronegra de ontem quando me deparei com este post do Aydano André Motta. Decidi que não ia conseguir fazer nada nem parecido com isso, então para quê me dar ao trabalho, não é mesmo? Portanto, faço minhas as palavras do Aydano. Vejam que beleza de texto:

http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/chopedoaydano/posts/2009/07/27/lagrimas-de-um-principe-da-bola-208621.asp

Mas como do jogo em si Aydano pouco tratou, posso teclar aqui dois ou três comentários sem fazer muita vergonha.

Que joguinho muquirana de ruim foi este! Não fosse o final mágico, epopéico, quase espiritual, depois de amanhã ninguém mais se lembraria desta partida. O Santos é muito ruim, e o Flamengo não é muito melhor. A bola foi impiedosmente maltratada no medíocre primeiro tempo, onde nada de bom podemos destacar. No segundo, a coisa melhorou um tico, e a partida ganhou em emoção. Numa disputa de bola entre Leos, o do inimigo levou a melhor e o Santos abriu o placar. O Fla, por incrível que pareça, não esmoreceu. Mostrou reação e partiu para cima, atabalhoadamente, há que se dizer, para tentar mudar o rumo daquela prosa. Adriano, o melhor do Mengão ontem, resgatando uma de suas principais qualidades, mandou uma sapatada lá do meio da rua e empatou, com uma leve ajuda do desatento goleirinho alvinegro. O empate trazia alguma justiça ao placar, já que o Fla era bem menos ruim que o Santos naquele momento da pelada.

Os pobres de espírito como eu ainda não sabiam: mas ali dava-se início ao milagre. Homem de pouca fé, eu não conseguia acreditar. Já via inclusive minhas exíguas esperanças descendo pelo ralo quando aos 43, Leo Moura, que fazia uma das piores apresentações de sua vida, teve uma epifania. Lembrou que um dia soube jogar bola e meteu um passe precioso para o menino Bruno Paulo, que cruzou na medida para nosso amigão do peito Pará completar contra sua própria meta. Festa rubropreta mundo afora, escrita de trinta e quatro anos indo pro caraio, lágrimas de esguicho jorrando por todos os lados e vida nova no Brasileirão. O time, com pouco talento e muito esforço, recuperou os pontinhos perdidos contra o Barueri, se reaproximou do G4, e de quebra deu a maior força pro Andrade.

Agora pegamos quinta-feira no Maraca o líder do campeonato Atlético MG. Líder com o maior jeitão de cavalo paraguaio: a Galinha mineira já tomou uma bela tunda ontem do Goías, dentro de casa. Portando, Mengaço, três pontos é obrigação.

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