domingo, 12 de julho de 2009

Desliguem o desperdício

Pela quarta vez neste campeonato - já acontecera antes contra Cruzeiro, Sport e Coritiba - o Fla começa bem melhor uma partida fora de casa, se perde no meio do jogo e acaba não conquistando os três pontos. Menos mal que hoje empatou, muito graças ao apito amigo do juizinho, que não marcou um pênalti escandaloso no Washington no último lance da partida. Após um belíssimo primeiro tempo, onde dominou inteiramente um São Paulo perdidinho que vivia exclusivamente das estocadas dos perigosos Marlos e Borges, o Fla, mesmo com um a mais em campo, recuou, deu campo aos bambis e quase tomou a virada. Perdeu chance talvez única de ganhar das bibas dentro do Morumbi, coisa que não acontece desde o longínquo 2003.

E a culpa foi de quem? De um certo deprimido treinador mais afeito a times desprovidos de cor na camisa. O débil mental, com o São Paulo fungando no cangote, decide colocar duas crianças subnutridas para segurar o resultado. Achar que o Erick Flores, que se acha a segunda vinda do Adílio à terra, e Jorbison, um imberbe de dezessete anos que estreava no time de cima, fossem resolver alguma coisa é sinal claro de total desprezo à lógica e aos mais rudimentares princípios que regem uma partida de futebol. O moleque recém saído do jardim de infância, cujo pai deve ser fã incondicional do Jorge Ben e do Roy Orbison, entrou assustado e protagonizou três ou quatro lances de pura comédia. Se a intenção do Cuca era anular o time do São Paulo matando-o de rir, ele quase conseguiu seu intento. Ricardo Gomes, que mantinha inexplicamelnte no banco os bons Jorge Wagner e Washington, num súbito epifânico resolveu colocá-los em campo e por pouco não ganhou o jogo. Cuca ainda tentou se redimir dos garotinhos que colocou para brincar e fez entrar Pet, que infelizmente só teve tempo de tomar um tapa na cara e fazer um cruzamento para a área sãopaulina sem qualquer consequência prática. No fim das contas, Megão em sétimo, continua seguindo de perto o tão almejado G4, até que não foi de todo mal.

Mas a rodada ainda nos reservou alguns prazeres oriundos da desgraça alheia. Fluzículo, honrando as tradições do Vazião, que só vê o mandante vencer quando este se veste em vermelho e preto, deu mole para o Santo André e foi fazer companhia à cachorrada na zona de rebaixamento. Fofômeno, em luto devido à precoce viuvez, viu seu Curíntia ser espancado no Olímpico. Bom para dar um choque de realidade a alguns comentaristas esportivos que já alçavam o Coringuinha ao panteão de esquadrão imbatível, quase um Ajax do Cruiff. O Santos tomou seis do genérico baiano, que pelo menos desta vez honrou as cores que ousa ostentar.

A expectativa agora é pelo resultado de tão animada rodada no valor de meus craques no Cartola. Não estou muito otimista, caí na besteira de apostar em alguns tricolores, crente que iam sacudir o timeco do ABC. Mifu. Vamos ver o conjunto da obra. Na vida real, quarta tem Palmeiras. Mais pedreira pela frente, num Maraca provavelmente detonado pelas histéricas fãs do RC50. Bucktwitt estará lá contando tudinho em tempo real.

Nenhum comentário:

Postar um comentário