Querem receber pouco mais de duas horas de uma verdadeira aula sobre poder, mídia, imprensa, política, corrupção, cidadania, e acima de tudo, cinema, por algo em torno de seis reaizinhos? Então corram à locadora mais próxima e peguem o filme "Frost x Nixon". Conta a história da célebre série de entrevistas que Richard Nixon deu ao apresentador de tevê inglês David Frost. O filme concorreu a vários Oscars. E mereceu cada uma das indicações. Frank Langella está simplesmente monstruoso como o imponente ex-presidente Nixon.
O caso Watergate e a consequente renúncia de Nixon marcaram a história americana e seu sistema político. Se não serviu para limpar de vez a sujeira da política de lá, pelo menos traçou parâmetros e limites claros sobre como e até onde pode ser exercido o poder de um presidente.
Aqui, tivemos o Collorgate, e também obrigamos um presidente a sair de sua cadeira e renunciar a seu mandato. Só que aqui, ao contrário da lá, não aprendemos nada com o processo.
Atos e fatos muito piores e mais escabrosos que os que provocaram a queda de Collor são desavergonhadamente praticados pelo governo molusco há quase sete anos sem que nenhuma providência seja tomada, com pouquíssima admoestação da imprensa e da oposição, e com a subserviência, conivência até, do povo, embevecido com seu carisma ralé e com a esmola recebida do bolsa-família.
Seria muito bom que Lula deixasse um pouco de lado a novela das oito e assistisse a "Frost x Nixon". Talvez também ele pudesse tirar algumas lições interessantes do filme. Mas não. Ele é muito arrogante para isso. Lula acha que só tem a ensinar, nunca a aprender. Pena.
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