domingo, 19 de julho de 2009

Sim, ele é seu amigo

Nós, senhores descasados de classe média com mais de quarenta anos, somos uma classe muito unida. Adoramos nossa própria companhia; somos, quase sempre, pessoas interessantes, experientes, relativamente bem sucedidas, sobreviventes de vidas a dois que compartilham o privilégio de, na maturidade, poder fazer aquilo que nos der na telha sem ter que dar muitas explicações a ninguém. E, asseguro aos que não pertencem à nossa privilegiada casta, isso é bom pra cacete. Apreciamos muito trocar experiências, sempre em busca da melhoria contínua. Costumamos reservar nossas rivalidades ao futebol. Mulheres, em sua grande maioria, precisam e merecem serem compartilhadas.

Ontem, conversando com um amigo num boteco, colocávamos em dia nossas últimas aventuras quando descobri um interessante ponto em comum, que costuma ser um tabu masculino, equivocadamente, garanto, por pura insegurança e preconceito idiota. Falo do uso do vibrador.

Não em mim, quero deixar isso bem claro. Sou absoluta e irreversivelmente espada. Digo nelas. Nas nossas amigas. Descobri as benécies deste aliado para todas as horas recentemente. Adquiri um rabbit. Não se enganem, as meninas sabem exatamente do que se trata. Aos neófitos, a internet está aí mesmo para vocês se informarem. Descortinei as maravilhas do rabbit quando uma amiga gentilmente apresentou-me, delicadamente perguntando se eu me importava. Sorte minha que não me importei. Saí dali e no dia seguinte comprei o meu, um portátil, de mão, pode-se assim dizer. Não aquele gigantesco, que gira e acende luzinhas. Aquilo me intimida um pouco, se é que vocês me entendem. Pelo menos ainda.

Esse meu amigo me disse uma frase sensacional. E sábia. O negócio dele agora é sexo a três. Ele, ela, e o rabbit. Slogan melhor para o produto nem Washington Olivetto é capaz de criar.

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