Muito atrasado devido aos reflexos maléficos do weekend capixaba, me arrumava a passos de cágado hoje de manhã enquanto assistia ao programa Cidades & Soluções, da Globo News. O assunto era o trânsito no Rio de Janeiro. Num dado momento, um engenheiro de tráfego declarou que a Coppe-UFRJ fez um estudo comparando o que seria mais caro, andar de táxi ou de automóvel próprio. E o resultado foi, para mim, totalmente previsível. Tomando por base um veículo avaliado em 25 mil reais, andar de taxi fica mais barato para pessoas que rodam até 700km por mês. Eu, por exemplo, percorro por dia uns doze quilômetros para ir e voltar do trabalho. Não faço o mesmo trajeto nos fins de semana, mas para facilitar o cálculo, vamos assumir que eu gaste o mesmo tanto em meus dias de lazer. São 360km mês. Quase metade do parâmetro estabelecido na pesquisa.Portanto, agora embasado em estudos científicos realizados por instuição reconhecida e abalizada, me uno a meu amigo Marcelo no combate aos automóveis particulares. E não acho que seja suficiente que as pessoas simplesmente deixem seus carros em casa. Não deveriam sequer comprá-los, se a necessidade de uso encontra-se abaixo do limite calculado pela Coppe. E não esqueçam que de táxi ninguém precisa se preocupar com Lei Seca...
E mais uma vez me contraponho radicalmente ao molusco-mor: na contramão da história, e demonstrando sua pouquíssima preocupação com o meio-ambiente e com o caos urbano diário em que vivemos, Lula, hoje pela manhã, resolveu prorrogar a isenção do IPI para automóveis até o fim do ano. Taí um sujeito antenado, este Lula.
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